Golpistas sírios tiram máscara: estão fora do plano de paz da ONU

As gangues armadas que assolam a Síria há mais de um ano pelo fim do governo de Bashar al-Assad deram mais um passo no sentido de solapar qualquer tentativa negociada para o encerramento das hostilidades contra a população civil e as forças de segurança do país nesta segunda-feira (4).

Os golpistas anunciaram que não estão mais comprometidos com o plano de paz apoiado pela ONU (Organização das Nações Unidas), lançando em seguida ao anúncio novos ataques terroristas contra civis e forças do governo.

"Decidimos encerrar nosso compromisso com isso (o plano)", relatou à mídia ocidental Sami al-Kurdi, autointitulado major e porta-voz dos insurgentes. No anúncio, Al-Kurdi falou mais uma vez da "necessidade" das nações imperialistas intervirem militarmente contra o país, em um processo idêntico ao realizado na Líbia em 2011.

Os golpistas querem "uma zona de exclusão aérea" e uma "zona de proteção" para derrubar Al-Assad, da mesma forma que derrubaram o líder líbio Muamar el-Kadafi.

A ONU enviou cerca de 300 militares desarmados à Síria para que observassem a implementação de um plano de paz proposto pelo enviado internacional Kofi Annan, com o objetivo de pôr fim à violência.

Após uma pausa inicial nos confrontos em 12 de abril, porém, os golpistas desobedeceram o cessar-fogo e voltaram a realizar ataques terroristas. O mais importante deles, antes do realizado em Al-Hula na semana passada, destruiu apartamentos residenciais em Damasco, matando mais de 50 civis, em 12 de maio passado.

Os planos dos golpistas tiveram prosseguimento com o ataque de 25 de maio, na província de Homs, no povoado de Hula, quando pelo menos 108 pessoas, quase metade delas crianças, foram vítimas de um ataque terrorista, que a mídia ocidental atribui às forças governamentais.

Annan pediu várias vezes que o governo e os rebeldes baixassem suas armas e trabalhassem com os observadores desarmados para consolidar o cessar-fogo.

Em consonância com o que disse o porta-voz dos golpistas, o autointitulado "general" dos mercenários, Mustafa al-Sheikh, que lidera as ações contra o governo sírio, disse à agência corporativa ocidental Reuters que o plano de Annan já era um projeto "natimorto".

Em seguida, exigiu que os países imperialistas formem uma coalizão militar internacional para atacar as forças de segurança do Exército sírio, reproduzindo o projeto da Otan que destruiu a Líbia. Al-Sheikh ameaçou recrudescer a violência terrorista para forçar a concretização desses planos.

Do Portal Vermelho, com agências