Líbano expressa a Annan compromisso com estabilidade síria

O premiê libanês Najib Mikati expressou nesta sexta-feira (1º/6)ao enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, o compromisso de seu país com a estabilidade síria, como ratificou o presidente Michel Sleiman.

Mikati recebeu Annan no Grand Serail, recém-chegado à capital libanesa depois de dois dias de visita a Damasco para reunir-se com o presidente sírio, Bashar al-Assad, e o chanceler Walid al-Muallem, segundo fontes em Beirute.

O chefe do executivo do Líbano expressou a preocupação pela deterioração da segurança na Síria como consequência da ação armada e violenta de grupos opositores, que Damasco chama de grupos terroristas.

Em relação a isso, defendeu uma solução negociada para o conflito desatado em março de 2011 e que nas últimas semanas tem tido repercussões letais na nação árabe, devido a confrontos entre muçulmanos sunitas e xiitas alauitas.

Os choques mais violentos, que causaram ao menos 11 mortos há duas semanas, ocorreram na cidade portuária de Trípoli, norte do país, entre sunitas que apoiam aos opositores sírios e alauitas, a mesma seita do xiismo à qual pertence Al-Assad.

Annan entrevistou-se ontem no palácio Baabda de Beirute com o presidente Sleiman, horas antes de que este viajasse para Arábia Saudita, e também conversou com o presidente do parlamento, o xiita Nabih Berri, em Ain al-Tineh.

Fontes governamentais citadas pelo jornal local An-Nahar indicaram que o enviado da ONU e da Liga Árabe abordaram o tema do controle da fronteira sírio-libanesa durante seu encontro com Berri.

Nesse sentido, Annan comentou às autoridades do Líbano a importância de "trabalhar tanto quanto seja possível para (impedir) o contrabando de armas" para a oposição síria, uma prática promovida por governos árabes como Arábia Saudita e Catar.

Sleiman, por sua parte, recordou que as fronteiras nacionais são controladas pelo Exército e pelas forças de segurança, e as águas territoriais são vigiadas em coordenação com as forças armadas e com o contingente de capacetes azuis da ONU neste país (FINUL).

Fonte: Prensa Latina