Projeto de lei dos EUA pode restringir viagens a Cuba
Um colunista da Flórida, EUA, fez um chamado, nesta terça-feira (29) aos cubano-americanos para manifestarem sua posição sobre o novo projeto legislativo que restringiria as viagens entre Estados Unidos e Cuba.
Publicado 29/05/2012 19:13
A Câmara dos Deputados avaliará, na próxima sexta-feira (31), uma emenda que nega a oportunidade de viajar aos cubanos residentes que não tenham cidadania estadunidense, destacou o site Progresso Semanal.
Um projeto de lei do deputado David Rivera, a H.R. 2831, que modificaria a Lei Pública 89-732 (conhecida como Lei de Adaptação Cubana) será discutida durante uma reunião do Subcomitê sobre Política de Imigração e Implantação da Câmara.
A medida defende que quem viaja para a ilha perca automaticamente sua condição de “refugiado politico”, como estabelece a chamada Lei de Adaptação para aqueles que emigram de Cuba e chegam em território estadunidense.
Ao perder sua “adaptação” de classificação, estes cubano-americanos seriam considerados como “ilegais” se voltam para os EUA, denunciou o jornalista Álvaro F. Fernández em seu site.
“Se a lei for aprovada, afetaria quase cerca de 50% das pessoas que viajam para Cuba, por não terem a cidadania estadunidense, o que impediria o contato físico com seus familiares e não podemos permitir que isso aconteça”, assegurou o colunista.
No ano passado, Rivera apresentou a emenda pela primeira vez e foi rechaçada, o representante republicano pela Florida Mario Díaz-Balart, integrante do grupo de legisladores anti-cubanos, propôs um projeto de lei que restringia novamente as viagens de estadunidenses e cubano-americanos, e também o envio de remessas para Cuba.
A iniciativa, incluída dentro da lei de orçamento federal para 2012, pretendia reinstaurar as restrições aprovadas durantes a administração de George W. Bush, como somente uma viajem a cada três anos para os cubano-americanos por motivos de “reunificação familiar” e um limite de mil e 200 dólares anuais para as remessas.
Ficaria anulado o suposto relaxamento das sanções aprovadas pelo presidente Barack Obama em janeiro de 2011, favorável para propiciar viagens acadêmicas, religiosas, culturais ou esportivas, se cumprem o que a Sala Oval chama de “promoção do contato pessoa para pessoa”. O consenso alcançado entre vários legisladores e a ameaça do veto do mandatário fizeram a medida naufragar .
“Há meses alertei sobre a necessidade de preparamos, pois nossos negócios, trabalhos e interesses são afetados pela limitada relação com Cuba e é hora de que um grupo organizado ou uma associação seja criada para lidar com os temas que, de vez em quando, nos pegam de surpresa”, comentou Fernandez.
E recomendou: “Se você é um cidadão estadunidense e um votante, telefone para o escritório do subcomitê e não deixem eles pensarem que somente os não cidadãos se opõe a esta emenda".
Fonte: Prensa Latina