Cuba chama EUA de "hipócrita" por punir empresa de celulares
Cuba acusou os Estados Unidos de terem chegado ao "cúmulo da hipocrisia" ao defender o empresário Alan Gross por levar tecnologias de comunicações ilegalmente à ilha e ao mesmo tempo multar a companhia Ericsson por consertar telefones celulares provenientes de Havana.
Publicado 29/05/2012 11:03
É "o cúmulo da hipocrisia ianque!", afirma o jornal oficial Granma, ao comentar a multa de US$ 1,7 milhão imposta à filial da companhia de origem sueca nos Estados Unidos, que recebeu telefones celulares quebrados na ilha para seu conserto. Segundo o jornal, a medida representa um reforço no bloqueio.
"A notícia (sobre a multa da Ericsson) nos leva a refletir que o governo dos Estados Unidos, em sua obstinação por reestablecer sua dominação sobre Cuba, não só continua violando as mais elementares normas do direito internacional ao manter o bloqueio ao nosso país, mas levou ao delírio a justificativa de sua hostilidade", diz o texto de Cuba.
"Quem, com enganos e traição, veio a Cuba para realizar os planos subversivos de Washington, é tida como uma "boa pessoa" e deve ser considerado imune e intocável, segundo a interpretação do império. Mas a empresa que, cumprindo todas as normas e regras do comércio internacional, se envolve nos planos de desenvolvimento de telecomunicações de Cuba é um "violador" a ser perseguido e punido.
A referência é a Alan Gross. Detido em dezembro de 2009 em Havana, ele foi condenado em março de 2011 a 15 anos de prisão por "atos contra a independência ou a integridade territorial do Estado" por levar ilegalmente à ilha dezenas de equipamentos sofisticados de telecomunicações e entregá-los a comunidades judias ou lojas maçônicas.
Washington exige a libertação imediata do terceirizado, ao considerar que realizava uma ação "humanitária" na ilha. Já a Ericsson, segundo as leis dos Estados Unidos, violou as restrições impostas pelo embargo que Washington mantém com Havana desde 1962, e que foi condenado nas Nações Unidas pela imensa maioria das nações pela 20ª vez.
Com agências