UNE apoia greve nas federais que já chega a 44 instituições

Os professores da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), no Paraná, aderiram à greve da categoria, acompanhando o movimento nacional organizado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). Agora, são 44 universidades federais paralisadas por tempo indeterminado, além de três institutos federais. A União Nacional dos Estudantes (UNE) apoia a greve e deverá se manifestar oficialmente nos próximos dias sobre a questão.

Os professores reivindicam a reestruturação da carreira e melhores condições de trabalho. Para o presidente da UNE, Daniel Iliescu, presente nas primeiras reuniões juntamente com outros 500 estudantes da Universidade de Brasília (UnB), que declararam greve em solidariedade à paralisação dos professores, é fundamental agregar ao debate do movimento grevista, o projeto da universidade brasileira que queremos construir.

“A UNE apoia a greve e é solidária à luta dos professores por um plano de carreira e por melhores salários, ao passo que o movimento passa a ser importante também para conseguirmos mais qualidade e eficiência no processo de reestruturação e expansão das universidades, com a valorização do professor, mais recursos pra assistência estudantil e ampliação das bolsas de pesquisa e extensão’’, afirmou Iliescu.

Entre as reivindicações estudantis estão a necessidade da ampliação da assistência estudantil, o término das obras iniciadas pelo processo de expansão da universidade e o investimento de 10% do PIB e 50% do fundo social do pré-sal para a educação, a fim de resolver o problema do financiamento das universidades.

A diretora de Universidades Públicas da UNE, Carina Vitral, reforça a posição das entidades estaduais. Para ela, o movimento dos professores merece todo apoio da entidade.

“Essa greve surge num período em que as universidades federais passam por vários problemas de estrutura devido às diversas ampliações realizadas, portanto é importante pressionar o governo por mais investimentos na educação”, disse.

Unila

Os docentes da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), no Mato Grosso do Sul, e do campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) também decidiram paralisar as atividades – com isso, os professores de todos os campi da federal de São Paulo aderiram ao movimento.

Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, a greve foi deflagrada na última semana. Segundo o presidente do sindicato dos docentes da UFSM, Rondon de Castro, os professores da universidade pedem também, além do reajuste salarial e criação de plano de carreira (que são as pautas nacionais), melhoria na infraestrutura e reorganização da carga horária, considerada excessiva por eles.

Fonte: UOL e Vermelho-DF

atualizada às 18h54