Presidente argentina rechaça acusação de protecionismo
A presidenta argentina, Cristina Kirchner, rejeitou nesta sexta-feira a denúncia de protecionismo que a União Europeia apresentou diante da Organização Mundial de Comércio, ao sustentar que seu país aplica tarifas alfandegárias inferiores às das nações desenvolvidas.
Publicado 25/05/2012 19:15
"É como se houvesse um protecionismo legal, o dos desenvolvidos, e um protecionismo populista, dos emergentes. Isso não é bom", declarou a presidenta após defender a política de seu governo em um ato na cidade de Bariloche.
"Quando nos falam de licenças ou protecionismos na Argentina, economias como as da Europa, que tem tarifas alfandegárias de 159% para a manteiga, de 126% para a carne, quando produtores de arroz da Argentina competem com uma tarifa alfandegária do Japão de 450%, e nós temos um teto de 35% que não aplicamos", exemplificou Kirchner, sobre as medidas dos países desenvolvidos que considerou protecionistas.
Criticou também que a Argentina não tenha ainda conseguido exportar seus limões e carnes aos Estados Unidos, devido a "barreiras fitosanitárias". "Temos os melhores limões, como o Brasil, e a melhor carne do mundo", disse.
Completou que a Argentina é "no G20, depois da Alemanha, o país com maior liberdade para investir e comercializar, e o número 11 no mundo em matéria de liberdade para receber investimentos do capital estrangeiro".
A União Europeia (UE) denunciou a Argentina na OMC na sexta-feira pelas "restrições" às importações impostas pelo governo, que provocam um "dano real" à economia europeia, e convidou outros países a se unirem ao bloco nessa briga.
Fonte: AFP