China afirma que informe dos EUA calunia países e ignora fatos
A China reagiu nesta sexta-feira (25) a um relatório do Departamento de Estado dos EUA sobre direitos humanos. O porta-voz do ministério chinês de Relações Exteriores, Hong Lei, disse que o texto "calunia outros países, e o conteúdo a respeito da China ignora os fatos e está cheio de preconceito, confundido preto e branco".
Publicado 25/05/2012 12:07
Ele afirmou que apenas o povo chinês pode avaliar os avanços nessa área. Hong lembrou que, desde a adoção das históricas reformas econômicas de mercado, há três décadas, "os esforços da China pelos direitos humanos obtiveram realizações que são evidentes para todo o mundo ver. Os próprios chineses têm mais direito a se manifestar sobre a situação dos direitos humanos na China". "Nos direitos humanos, não existe isso de ser o melhor; só existe o melhorar", acrescentou.
Hong ressaltou ainda que todos os países devem trocar opiniões e lições sobre os direitos humanos, desde que "em pé de igualdade". "De maneira alguma podem essas questões serem usadas como ferramentas para interferir em assuntos domésticos dos outros países. Esperamos que os Estados Unidos realmente olhem longa e atentamente para si mesmos e ponham um fim às suas ideias e maneiras equivocadas."
Cuba
A diretora do departamento do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Josefina Vidal, também rechaçou categoricamente o conteúdo do informe estadunidense sobre a situação dos direitos humanos em Cuba. A diplomata cubana diz que os EUA fazem isso a despeito do seu próprio recorde de abusos dentro de seu país e no mundo.
“Assim como ocorre com a injusta e infundada inclusão na lista de Estados patrocinadores do terrorismo internacional, a singularização de Cuba neste informe não tem nada a ver com a situação real dos direitos humanos em nosso país”, diz o comunicado do Ministério cubano.
Para Josefina Vidal, as mentiras e tergiversações contidas neste documento correspondem apenas à desesperada necessidade que tem o governo norte-americano de justificar a cruel política de bloqueio contra Cuba, que é rechaçada cada dia mais dentro e fora dos EUA.
Fonte: Folha.com