Evo Morales: "A Bolívia não quer patrões, e sim sócios"
O presidente boliviano, Evo Morales, assegurou, nesta quinta-feira (17) na inauguração do 2º Congresso Internacional YPFB Gás e Petróleo, que as empresas estrangeiras querem permanecer no país. O evento ocorre até esta sexta-feira (18), em Santa Cruz, na Bolívia.
Publicado 17/05/2012 16:57
O mandatário, que inaugurou a reunião, na qual se escreveram cerca de 800 delegados, insistiu que “da Bolívia ninguém quer sair”, mas alertou que “não permitiremos a presença de entidades que conspirem para acabar com nossa democracia”.
Para Evo Morales, o país do altiplano se converteu, nos últimos anos, no centro do tema energético e o gás para a América do Sul, e falou sobre a necessidade de seguir as experiências de países como o Brasil e Venezuela para buscar valor agregado às produções.
Direito humano
Para ele o tema energia pode se converter em um direito humano, razão pela qual é obrigação dos Estados atenderem todas as demandas relacionadas a isso. Falou da importância de que o povo tenha o controle sobre recursos naturais e insistiu que a “Bolívia não quer patrões, mas necessita de sócios e operadores”.
Ratificou a posição de que quem investir na Bolívia terá sempre o direito de recuperar os investimentos. Recordou também que antes de sua gestão sempre se dizia que “se fossem nacionalizadas algumas empresas, as outras sairiam do país, mas a realidade tem sido outra e hoje ninguém quer sair”.
“Graças à nacionalização, a economia na Bolívia mudou”, assegurou o presidente, que admitiu que durante a campanha eleitoral de 2005, não pensava que o país fosse viver mudanças tão profundas.
O Congresso tem como tema central a exploração, busca e desenvolvimento de novas reservas de hidrocarbonetos.
Prensa Latina