Marcha Contra a Homofobia pede educação e criminalização
“Homofobia tem cura: educação e criminalização”. Com esse lema, que pautou os cartazes, as palavras de ordem e os discursos, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), que congrega 257 organizações LGBT em todo o país, reuniu cerca de mil manifestantes na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (16), na 3ª Marcha Nacional contra a Homofobia.
Publicado 16/05/2012 15:55
“A gente acredita que educando se combate a homofobia. Muitos jovens acabam se evadindo da escola por causa do preconceito e muitas transexuais não são aceitas pela sociedade. Por isso, o movimento pede mais educação”, diz Denílson Júnior, diretor da União dos Estudantes (UNE) e um dos organizadores da marcha.
O ato pretende ser mais uma demonstração de força de toda a comunidade LGBT brasileira na luta pelos direitos humanos e a valorização das diversidades. Nos últimos anos, no Brasil, diversos grupos intolerantes e de extrema-direita vem orquestrando ações políticas e violentas visando tentar inibir toda comunidade LGBT e outras minorias na luta pelos seus direitos, explicam os organizadores.
“Nesse sentido reforçamos a necessidade de combatermos juntos todas as atitudes e práticas excludentes, racistas, homofóbicas e discriminatórias para que juntos possamos construir um mundo colorido baseado no respeito às diferenças e no apoio-mútuo”, continuam, explicando as imensas faixas, bandeira e diversos outros adereços coloridos espalhadas na praça .
Várias reivindicações
As principais reivindicações do grupo são a distribuição do kit contra a homofobia e a aprovação do projeto que criminaliza atos discriminatórios contra homossexuais.
As outras reivindicações são: políticas efetivas de combate à homofobia nas escolas, campanhas governamentais de enfrentamento à homofobia e promoção do respeito à diversidade sexual e o fim da influência dos parlamentares fundamentalistas nas decisões do governo.
O movimento LGBT também incluiu em suas reivindicações a cassação do “deputado racista e homofóbico” Jair Bolsonaro (PP-RJ).
Nesta quinta-feira (17) será comemorado o dia internacional contra a homofobia. Em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou da lista de doenças mentais a homossexualidade e, desde então, a data é comemorada com manifestações que pedem o fim da discriminação baseada na orientação sexual.
De Brasília
Márcia Xavier