Espanha paga juros altos para obter financiamento nos mercados

A Espanha emitiu nesta segunda-feira 2,903 bilhões de euros em títulos de 12 e 18 meses, subindo de maneira considerável o custo do financiamento de sua dívida soberana encerrar o leilão com sucesso.

Apesar da demanda dos investidores ter se mantido forte, o preço pago pelo Tesouro Público foi superior ao de emissões anteriores, devido às inquietudes em torno do sistema bancário espanhol, que deve sanar sua forte exposição ao setor imobiliário em crise.

Em títulos de um ano, o tesouro estatal colocou 2,192 bilhões de euros, a juros de 3,09%, diante dos 2,74% da emissão anterior, realizada no dia 17 de abril.

A 18 meses tomou emprestado 711 milhões de euros, com um juro marginal de 3,40%, superior aos 3,20% da anterior emissão de abril.

Não obstante, as compras dos títulos superaram os 6,3 bilhões de euros, mais do dobro do objetivo do leilão, que oscilava entre 2 e 3 bilhões, o que marca o verdadeiro sucesso do leilão, estimaram analistas do mercado.

Os juros da dívida nacional e da italiana subiam na segunda-feira diante a incerteza política na Grécia e as dúvidas com relação ao setor financeiro deste país ibérico.

A taxa de risco, indicador que mede a confiança gerada na Espanha pelo pagamento de suas obrigações com os credores, se situava em 482 pontos básicos – acima dos 471 pontos da abertura –, seu nível máximo desde o último mês de novembro.

No mercado secundário da dívida soberana, o rendimento do bônus espanhol de 10 anos, cuja distância com o alemão de mesmo prazo permite medir a taxa de risco, subia a 6,28%, ao invés do alemão, que caía para 1,45%.

Fonte: Prensa Latina