Pesquisa: Cuba é melhor que Brasil para se ter um filho
Cuba é um lugar melhor que o Brasil para se ter um filho. É o que revela um ranking divulgado nesta terça-feira (8) pela organização não-governamental Save the Children, que elencou os melhores países do mundo para se tornar mãe.
Publicado 08/05/2012 19:53
Enquanto a ilha socialista figura na 44ª posição, o Brasil surge dez colocações atrás, na 54ª posição. Noruega e Islândia assumiram a primeira posição da lista. Já o Níger superou o Afeganistão e foi classificado como o local com piores condições para se ter um filho.
O relatório lembra que países como o Brasil "alcançaram um enorme progresso nas últimas duas décadas, reduzindo em 60% suas taxas de desnutrição". Ainda assim, ressalta que, em Cuba, apenas uma em cada 1.400 mães correm o risco de morrer durante a gestação ou o parto.
A ilha socialista também fica à frente de outros países qualificados como de desenvolvimento humano intermediário, entre eles Israel, cabeça-de-ponte do imperialismo no Oriente Médio.
No que diz respeito ao número médio de anos de estudo, as mulheres de Cuba são mais escolarizadas que as israelenses. As cubanas estudam, em média, 17 anos, enquanto as israelenses 16. No Brasil, esse número cai para 14.
Esta é a 13ª edição do relatório, que elenca os países de acordo com parâmetros como o bem-estar "básico" dos filhos e o nível educacional, econômico, sanitário e político das mães.
Entre os dez piores países para se ter um filho, oito estão na África Subsaariana. Sete deles vivem crises alimentícias. Níger, que aparece como o pior país desta lista, é seguido pelo ocupado Afeganistão, Iêmen, Guiné-Bissau, Mali, Eritréia, Chade, Sudão, Sudão do Sul e República Democrática do Congo.
Nas dez primeiras posições estão, respectivamente, Noruega, Islândia, Suécia, Nova Zelândia, Dinamarca, Finlândia, Austrália, Bélgica, Irlanda e Holanda e Reino Unido (países que dividem o décimo posto).
O relatório da Save the Children ressalta ainda que, na Noruega, uma mulher estuda por, em média, 18 anos, e tem uma expectativa de vida de 82 anos. Lá, apenas uma em cada 175 mães corre risco de perder seu filho antes que ele complete cinco anos. 82% usam métodos anticoncepcionais.
No Níger, o cenário é o inverso: uma mulher estuda por, no máximo, quatro anos, e possui uma expectativa de vida de 56 anos. Uma em cada sete crianças morre antes de seu quinto ano de vida e uma em cada 16 mulheres morre durante o parto ou a gravidez. Somente 5% usam métodos anticoncepcionais.
A desnutrição ainda é a causa de, pelo menos, 20% da mortalidade materna e também de mais de um terço das mortes infantis. Um terço das crianças que nascem na Ásia, cerca de 100 milhões, sofre de desnutrição crônica. Na África, duas a cada cinco, cerca de 60 milhões no total, são vítimas dessa mazela.
"Nosso relatório demonstra que o leite materno pode salvar vidas. Todos os países devem implantar políticas e programas que facilitem e incentivem a lactação materna", afirma Yolanda Román, responsável de Incidência Política da ONG.
A Save The Children recomenda a todos os países, entre outras coisas, que façam da luta contra a desnutrição uma prioridade e que invistam em saúde e na educação das crianças.
Com informações do Opera Mundi