Vanessa defende redução da jornada em homenagem ao trabalhador
Em discurso nesta segunda-feira (30), no Senado, em homenagem ao Dia do Trabalhador, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) defendeu uma bandeira histórica do movimento sindical: a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.
Publicado 01/05/2012 13:27
“Uma boa forma de homenagear os trabalhadores é promover esse debate no parlamento e ajudá-los para ver esse projeto aprovado”, afirmou. A senadora lembrou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria dos senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS), está pronta para ser votada depois que foi aprovada numa comissão especial da Câmara dos Deputados.
Segundo ela, a redução da jornada seria um importante instrumento de combate ao desemprego. Com base em dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a medida permitiria criar no país 2,5 milhões de novas vagas no mercado de trabalho.
“Hoje é significativo o número de trabalhadores no Brasil que cumprem quantidade desgastante de horas extras. O que é extremamente danoso a todo esse conjunto de pessoas, de brasileiros”, discursou.
Ela diz que os empregadores têm utilizado o expediente das férias coletivas, o trabalho em tempo parcial, banco de horas ou trabalho aos domingos, aumentando a carga horária do empregado. “Ou seja, além de gerar, criar novos empregos, poderíamos também diminuir, repito, as horas extras”, acrescentou.
A senadora disse também que a redução da jornada diminuiria o número de casos de doenças laborais no Brasil, que tem “aumentado de forma assustadora e em grande parte pela extensiva, pela estafante e elevada jornada de trabalho”.
Na análise da senadora, os fatores macroeconômicos também são favoráveis para a adoção da medida. “Apesar da crise mundial, a economia brasileira está em franco crescimento, a taxa de inflação está equilibrada, há equilíbrio na balança de pagamento e superávit primário. Enfim, há um clima favorável à diminuição da jornada de trabalho”, disse.
De Brasília
Com informações da Ass. Sen. Vanessa Grazziotin