Professores da rede estadual da Bahia decidem manter a greve
Em assembleia na manhã desta sexta-feira (27/4), no Centro Administrativo, os professores da rede estadual de ensino da Bahia decidiram manter a greve, que já dura 15 dias. Após a decisão, a categoria saiu em passeata até a Governadoria, onde o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) protocolou um pedido de audiência com o governador Jaques Wagner (PT).
Publicado 27/04/2012 14:42 | Editado 04/03/2020 16:18
A manifestação reuniu centenas de professores de diversas regiões do estado. Após a assembleia, os trabalhadores saíram em passeata pelas ruas do CAB para um enterro simbólico da educação no estado. “Estamos aqui carregando uma cruz para cada deputado que votou a favor do projeto de reajuste para fazer um enterro do projeto da educação na Bahia”, contou o presidente da APLB- Sindicato, Rui Oliveira.
Na reunião, os docentes decidiram também continuar acampados na Assembléia Legislativa, além de realizarem manifestações na capital e no interior do estado nos próximos dias, para explicar à população os motivos da paralisação. Na segunda-feira, 30 de abril, dirigentes da APLB-Sindicato e da CNTE tentam ainda uma audiência com o ministro da Educação, Aloísio Mercadante, em Brasília, para explicar a situação da educação na Bahia e o porquê da greve. Na quarta-feira (2), os professores marcaram uma nova assembléia, às 9h, para definir os rumos do movimento.
A categoria luta pelo reajuste automático dos salários em 22,22%, conforme acordado anteriormente com o governo do estado no ano passado, mas na última terça-feira (24) foi aprovado pela maioria dos deputados estaduais o Projeto de Lei que determina o aumento de 3% em 2013 e 4% até 2014. O governo alega que não tem recursos para o reajuste pedido e os professores querem que as negociações sobre o assunto sejam retomadas.
De Salvador,
Eliane Costa.