Cineasta que criticou Washington é perseguida em aeroporto
A americana Laura Poitras, autora do documentário The Oath, lançado em 2010 e candidato ao Oscar, é perseguida em aeroportos por criticar Washington. Desde o 11 de setembro, leis de exceção dão carta branca para agentes bisbilhotarem bagagens e confiscarem bens
Publicado 25/04/2012 15:54
Após os atentados terroristas de setembro de 2001, o governo dos Estados Unidos criou uma serie de leis que autorizam a intromissão do Estado na vida privada dos cidadãos. Desde então, é cada vez maior o número de norte-americanos que viajam ao exterior e que ao retornar são detidos nos aeroportos, onde têm suas bagagens revistadas, e o conteúdo de computadores e celulares – e-mails, textos, vídeos e fotografias – é checado e copiado.
E não há a quem reclamar. As leis de exceção autorizam os funcionários do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) a fazer vistorias, mesmo sem autorização judicial, e o cidadão não tem qualquer possibilidade de pedir explicações. Ou seja, é como se desde o 11 de setembro a quarta emenda – que garante os direitos à intimidade e privacidade – tivesse desaparecido da Constituição norte-americana.
O documentário de Laura fala sobre os acusados pelos ataques de 11 de setembro e foi aclamado no Sundance Festival, além de ter sido indicado ao Oscar. Depois dele, Laura está entre dezenas de artistas perseguidos pela paranoia, soberba e preconceito americanos.
Com informações do Operamundi