Marcha dos Catarinenses reúne 10 mil em Florianópolis
Dez mil manifestantes marcharam pelas ruas de Florianópolis durante a 3ª Marcha dos Catarinenses, organizada pela Central dos Movimentos Sociais (CMS), que inclui professores e bancários, entre outras categorias, durante á tarde desta terça-feira (17). Os cerca de 400 trabalhadores rurais que ocupam o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) desde segunda-feira (16),se juntaram à manifestação.
Publicado 17/04/2012 20:21
Foto: Agência RBS
Os professores da rede estadual, que realizavam uma assembleia geral iniciaram uma manifestação no Centro de Florianópolis. Depois, seguiram para a esquina das rua Nunes Machado e João Pinto, região próxima à avenida Hercílio Luz, onde outras entidades como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Sindicato dos Bancários também protestavam. A passeata seguiu para a Praça XV de Novembro e depois para o Mercado Público. A Polícia Militar disse que cerca de quatro mil pessoas participaram. Mas a organização do ato estimou 10 mil manifestantes.
Os movimentos que tradicionalmente participam da marcha no estado marcaram a mobilização adiar sua mobilização para que fosse realizada no Dia Nacional da Luta pela Reforma Agrária, que lembra os 21 sem terras assassinados pela Polícia Militar no Pará, em 1996.
O tema da Marcha Catarinense deste ano é “Trabalho decente” e o MST seguiu junto com servidores públicos, metalúrgicos, estudantes e agricultores para reivindicar melhorias na Saúde, Educação e Segurança; o cumprimento da Reforma Agrária e fortalecimento da agricultura familiar, e se posicionar contra as privatizações e terceirizações.
Incra ocupado
A ocupação do Incra em Florianópolis pelos camponeses já começa a dar resultados. O movimento foi recebido durante a tarde com o superintendente regional do Incra, João Paulo Sttrapazzon, que diz existir sete áreas que devem ser usadas para assentar famílias ainda este ano, caso o Incra de Santa Catarina receba os recursos do Incra Nacional.
Os Sem Terra também exigem a demarcação e liberação de créditos e infraestrutura para os novos assentamentos, a continuidade e melhorias no programa de assistência técnica e a reestruturação do Incra da região. Estas áreas são uma reivindicação do MST, que prevê a possiblidade de assentar pelo menos 200 famílias.
Após a reunião, o MST fez um protesto em frente ao Tribunal de Justiça, para relembrar o massacre de Eldorado dos Carajás e, por fim, os trabalhadores do campo irão se juntar à Marcha dos Catarinenses.
Com agências