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Iranianos vão a Istambul para diálogo sobre energia nuclear

A delegação do Irã que vai discutir com seis potências mundiais sobre o projeto de energia nuclear do país viajou nesta sexta-feira (13) para a Turquia, segundo informou o governo do país, ao sublinhar a postura invariável da República Islâmica de prosseguir suas atividades nucleares pacíficas.

Porta-vozes da chancelaria e da Agência de Energia Atômica do Irã (AEAI) assinalaram que a comissão dirigida por Said Jalili, secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional (CSSN), já chegou à Istambul, onde no sábado (14) ocorrerão as conversas.

Jalili e outros três representantes iranianos conversarão com autoridades do chamado Grupo 5+1 (os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha), sobre a base de igualdade, respeito mútuo e sem pressões nem chantagens, apontaram meios oficiais.

O diálogo, insistiu a agência de notícias IRNA, será multifacético e não se centrará unicamente nas atividades nucleares do Irã, as quais o Ocidente alega que perseguem propósitos militares, apesar de reiteradas negativas de Teerã.

Ao comentar o encontro de Istambul, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad reiterou na quinta-feira que seu país está determinado a preservar o que considera seus direitos fundamentais, "inclusive sob as mais duras e severas pressões".

Dirigindo-se aos interlocutores dos Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha, o presidente persa sublinhou, na província de Hormuzgan, que o Irã "nunca renunciará a seus direitos legítimos, sob nenhuma circunstância e apesar das sanções unilaterais".

Nesse sentido, urgiu às que chamou potências arrogantes a "corrigir seu tratamento recordando que o povo iraniano está firme na defesa de seus direitos" e anunciou que "desmascarará no momento preciso" a lista de erros do Ocidente com relação ao Irã.

A deputada Zohreh Elahian, do comitê de política exterior e segurança nacional do Majlis (parlamento persa), considerou que já é tempo de que os países ocidentais encerrem o caso nuclear iraniano.

Elahian recordou que o Ocidente investigou durante anos as atividades do Irã, realizou o maior número de inspeções às suas usinas atômicas e "não ocorreu um só caso de violação nem se encontrou nenhum documento que comprovasse as suspeitas de fins militares".

Por sua vez, o também legislador Gholam-Ali Haddad-Adel descartou que em Istambul se vá realizar algum tipo de negociação bilateral entre Irã e Estados Unidos, país com o qual o diálogo dentro do G5+1 considerou "uma exceção".

Fonte: Prensa Latina