Estados Unidos não terão vida fácil na Cúpula das Américas
Os países latino-americanos continuam demonstrando que já não aceitam mais, de cabeça baixa, os ditames dos Estados Unidos. Nesta quinta-feira (12), durante reunião de chanceleres e autoridades dos países que assistem à 6ª Cúpula das Américas, eles contrariaram os EUA para exigir a presença de Cuba na Cúpula e demonstraram apoio à Argentina no imbróglio sobre a soberania das Ilhas Malvinas.
Publicado 13/04/2012 10:26
O fórum, realizado em Cartagena das Índias, não chegou a uma conclusão, mas houve apoio quase unânime tanto a Cuba como à Argentina, disse o chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro. Ele lembrou que ambas as questões são apoiadas pela Comunidade de Estados da América Latina e do Caribe (Celac) e pela União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
O ministro das Relações Exteriores argentino, Héctor Timerman, declarou por sua vez que ficou sobre a mesa uma proposta para que a chanceler colombiana, María Ángela Holguín, "convide o presidente cubano (Raúl Castro) a ir a Cartagena no sábado (14)" para a primeira reunião de chefes de Estado e de governo.
Timerman explicou que essa proposta foi apresentada por "vários países", mas esclareceu que ainda não foi tomada nenhuma decisão e indicou que, embora "a maioria deve decidir", não se deve "impor nem ignorar ninguém".
Maduro se expressou de forma mais veemente e acusou diretamente os "Estados Unidos e o Governo de direita do Canadá" de manter "posições imperiais e retrógradas".
Chávez
Apesar das dúvidas que pairavam sobre a presença de Hugo Chávez na Cúpula, o mandatário anunciou que chega nesta sexta-feira (13) a Cartagena. Assim, os únicos chefes de Estado do continente ausentes da reunião serão o presidente Raúl Castro, de Cuba — que não foi convidada por insistência dos EUA — e o equatoriano Rafael Correa, que boicotou a reunião em solidariedade ao povo cubano.
A presidente Dilma Rousseff deverá chegar na Colômbia na tarde desta sexta-feira (13.)
Temas da Cúpula
A reunião de presidentes latino-americanos deverá pautar-se em questões como o bloqueio econômico imposto a Cuba, a questão das Malvinas pleiteada pela Argentina, a legalização das drogas e tensões comerciais.
Com informações do Terra