Cúpula dos Povos: confira documento e inscrições para megaevento

As dez atividades propostas pelos organizadores são: Acampamentos, Territórios do Futuro, Atividades Culturais, Espaços de Feira, Espaços Compartilhados de Mídia Livre, Atividades Autogestionadas de Articulação, Plenárias de Convergência Pré-Assembleia, Assembleia dos Povos, Mobilizações e Avaliação.

Tudo está sendo organizado pelo Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20 (CFSC), formando por coletivos e redes da sociedade civil brasileira. O objetivo da Cúpula dos Povos na Rio+20 Por Justiça Social e Ambiental (nome completo do evento) é unir forças entre os movimentos sociais para questionar o assunto que dominará a conferência: a economia verde. Trata-se de um espaço dos povos, livre das corporações e autônomo em relação aos governos.

O documento, divulgado na segunda-feira (9), também lembra que será uma oportunidade dos povos para se posicionarem frente ao modelo existente e suas formas de exploração no mundo, particularmente no Brasil e na América Latina, além de estreitar os laços de solidariedade dos atores sociais nos espaços simbólicos de luta.

Além da crítica, também deverão ser apresentadas propostas teóricas e práticas e soluções já adotadas ou em construção pelos povos, diante da crise do capital. Também deverá ser recomposta uma pauta e agenda de mobilização anticapitalista.

As atividades devem se orientar por três eixos: causas estruturais das crises e injustiças sociais e ambientais, falsas soluções e novas formas de acumulação do capital sobre os povos e territórios; Soluções reais e novos paradigmas dos povos; Agendas, campanhas e mobilizações que unificam o processo da luta anticapitalista após a Rio +20.

Inscrições

Estão abertas as inscrições para as atividades autogestionadas de articulação das organizações e redes interessadas em participar da Cúpula dos Povos. Além das atividades autogestionadas, movimentos e redes sociais podem fazer inscrições para o espaço Territórios do Futuro, onde serão apresentadas experiências demonstrativas e práticas de um outro mundo possível, onde haja mais justiça social e ambiental. Os Territórios do Futuro estarão espalhados no Aterro do Flamengo e também em outros locais na cidade do Rio de Janeiro.

O formulário estará disponível no site cupuladospovos.org.br/inscricoes até o dia 20 de abril. A organização espera receber inscrições de redes sociais que se prontifiquem em colaborar com a concretização do evento com diversas atividades como seminários, debates, oficinas, palestras, rodas de conversa, encontros, visitas guiadas a comunidades, entre outros. 

As propostas devem estar articuladas por temas ou por setores e, de preferência, agregar o maior número possível de organizações, coletivos ou movimentos. Isso porque a Cúpula priorizará as atividades organizadas por redes e coletivos de entidades.

Outras atividades

Muitas atividades acontecerão de forma simultânea como os acampamentos, os Territórios do Futuro, as atividades culturais, os espaços para feira e os espaços de compartilhamento de mídia livre.

Estão previstas cinco grandes plenárias de convergência entre temas e setores. Acontecem simultâneamente e são organizadas em três sessões, cada uma, conforme a grade de programação. São elas: Plenária 1: Direitos, por justiça social e ambiental; Plenária 2: Defesa dos bens comuns contra a mercantilização; Plenária 3: Soberania Alimentar; Plenária 4: Energia e Indústrias Extrativas; Plenária 5: Trabalho: Por uma Outra Economia e Novos Paradigmas de Sociedade. As plenárias são preparatórias para as três Assembleias dos Povos, que acontecerão nos dias 19, 21 e 22 de junho, uma para cada tema dos eixos.

Programação oficial da Cúpula dos Povos

As mobilizações convocadas pela Cúpula dos Povos estarão concentradas nos dias 5 de junho (Dia Mundial do Meio Ambiente) e no dia 20 de junho (Dia de Ação Global).

Em breve, também serão divulgadas as inscrições para as atividades culturais, como musicais, de vídeo, cinema, teatro, dança; para os espaços de feira, como economia solidária, estandes, voltados para a alimentação; e para os espaços compartilhados de mídia livre, onde profissionais independentes de coletivos radiofônicos, associações e rádios comunitárias atuarão de maneira compartilhada em ilhas de edição de som e imagem e em um portal interativo.

Acesse a ficha de inscrição para as Atividades Autogestionadas e para os Territórios do Futuro aqui .

Leia a íntegra do documento-guia aqui.

Em vídeo, abaixo, Carlos Henrique Painel, representante do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais (FBOMS) no Grupo de Articulação da Cúpula, explica a dinâmica das atividades no encontro:

Da Redação, com informações da Cúpula dos Povos