Lucia critica privatização da coleta do lixo em Manaus
Em seu pronunciamento, nesta terça-feira (03/04), na tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM), a vereadora Lucia Antony (PCdoB) criticou a política de privatização da coleta e do tratamento final dos resíduos sólidos que a prefeitura vem implantando na cidade de Manaus.
Publicado 03/04/2012 15:03 | Editado 04/03/2020 16:11
Ela destacou que a atual administração municipal comete um erro ao optar pela privatização, ao invés de ampliar a coleta seletiva e estimular a reciclagem dos produtos, contribuindo para gerar emprego e renda, promover a inclusão social e implantar uma política de saneamento ambientalmente correta para a cidade.
De acordo com a parlamentar, estudos apontam que reciclar é o melhor caminho para tratar dos resíduos, salientando que o país deixa de arrecadar R$ 8 bilhões com a falta de uma política de reciclagem.
Segundo Lucia Antony, a privatização vai onerar os serviços para os cidadãos manauaras. “Daqui a alguns meses, os moradores de Manaus estarão pagando a uma empresa privada a coleta e a destinação final do lixo de suas casas. Mais uma vez o prefeito Amazonino Mendes implanta seu projeto neoliberal de privatizações em Manaus”, afirmou a líder do PCdoB.
Histórico
No final do mês de março, a vereadora Lucia Antony já havia alertado que a portaria Nº. 11/2012 foi editada para favorecer a privatização do lixo em Manaus. A citada portaria passou a proibir, desde o último dia 1º de abril, o descarte para destinação final e tratamento dos chamados “resíduos de terceiros” nas dependências do Aterro Público de Resíduos Sólidos de Manaus,
A medida também suspende todas as autorizações concedidas pela Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp) para depósito no citado aterro.
“Ou seja, por um lado, a prefeitura proíbe a utilização do aterro público controlado, não viabiliza a construção de um aterro sanitário e, ao mesmo tempo, com esta atitude, estimula a iniciativa privada a atuar no setor, favorecendo a privatização da coleta e do tratamento dos resíduos sólidos”, salientou, na época, a vereadora.
Lucia Antony alertou que, no primeiro momento, os custos altos da privatição vão ser arcados pelas empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) e pelo setor hospitalar, mas que, em seguida, vai penalizar toda a população de Manaus.