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Coreia do Norte anuncia conferência do Partido do Trabalho

O Partido do Trabalho da Coreia do Norte celebrará em 11 de abril sua quarta conferência nacional, cujos delegados foram eleitos em um processo concluído recentemente. Trata-se de mais um passo que deve concluir a transferência de poder ao novo líder, Kim Jong-un, segundo a agência oficial norte-coreana KCNA.

As reuniões dos comitês do partido, nas províncias e distritos, nas cidades e quartéis, escolheram Kim Jong-un como um dos delegados, "o que reflete a vontade unânime e o desejo de todos os membros do partido, dos quadros e do povo", afirma uma nota da KCNA.

"Entre os delegados, estão também funcionários e trabalhadores que acumularam méritos no fortalecimento do PTC e no cumprimeiro da causa revolucionária", acrescenta o texto.

Segundo os analistas, provavelmente o encontro do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte nomeará Kim Jong-un para o cargo de secretário-geral do partido, anteriormente ocupado por seu pai, Kim Jong-il, que faleceu em dezembro.

O encontro do partido precederá outros eventos de destaque. Pyongyang recordará em 15 de abril o centenário do nascimento de seu presidente fundador, Kim Il-sung, avô do atual líder, ao mesmo tempo que deve comemorar o evento com o lançamento de um satélite de observação da Terra, previsto para acontecer entre 12 e 16 de abril. No dia 13, está convocada uma sessão da Assembleia Popular Suprema.

O lançamento do satélite serviu de pretexto para os Estados Unidos tecerem críticas à Coreia, acusando-a de fazer provocações para a paz e a segurança. A declaração foi refutada por Pyongyang, que continuou a defender o seu desenvolvimento espacial com fins pacíficos.

Um porta-voz da chancelaria norte-coreana, citado pela agência de notícias KNCA, disse que como os Estados Unidos não se libertaram da concepção de enfrentamento, consideram essa missão como o lançamento de um míssil de longo alcance.

A chancelaria acrescentou que, para mostrar com transparência que o satélite nada tem a ver com qualquer objetivo militar, a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) convidou especialistas e jornalistas de outras nações a observar seu lançamento. Ele chamou os Estados Unidos a libertarem-se dessa concepção de enfrentamento e reconhecerem que a RPDC "também tem, como outros países", esse direito.

“Jamais renunciaremos ao lançamento do satélite com fins pacíficos, que constitui um direito legítimo de todo Estado soberano e um requisito para o desenvolvimento da economia”, ressaltou.

Com agências