Estados Unidos propõem escudo antimíssil contra o Irã
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, defendeu neste sábado (31) em Riad, na Arábia Saudita, em um discurso durante a primeira reunião do fórum de segurança que reúne os Estados Unidos e os países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), a ideia de um escudo de defesa antimíssil contra o Irã.
Publicado 31/03/2012 16:56
Hillary disse que há um compromisso sólido e inabalável do seu país em relação à Arábia Saudita, o Bahrein, os Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar e Kuwait, países sunitas preocupados com o seu vizinho iraniano xiita. Todos os países citados são governados por regimes reacionários e pró-imperialistas.
A secretária, que pensa com mentalidade militarista e unilateral, avessa à diplomacia, ao multilateralismo e ao direito internacional, defendeu passos específicos para consolidar a “segurança mútua”, financiando e equipando os exércitos desses países e assegurando a instalação de bases militares estadunidenses na região. A representante do imperialismo estadunidense propôs acordos para a instalação de mísseis e a coordenação de esforços com esses governos lacaios para “dar respostas às crises”.
Hillary disse ainda que quer discutir estratégias para evitar que o Irã desenvolva uma arma nuclear e limitar a “interferência de Teerã” nos assuntos dos seus vizinhos.
A chefere do Departamento de Estado disse também que deseja trabalhar com os seus homólogos do CCG para acabar com a violência na Síria e sublinhou a importância desses encontros, na véspera da reunião dos “Amigos da Síria” em Istambul. Hillary falou ainda que quer, juntamente com as autoridades dos países do Golfo, "acabar com o derramamento de sangue na Síria, apoiar as transições políticas nos países do Norte de África e da região e integrar totalmente o Iraque nesta região”.
É mais uma demonstração do engajamento do imperialismo norte-americano numa estratégia golpista e intervencionista no Oriente Médio.
Segundo um responsável do Departamento de Estado, Hillary pediu nos seus encontros com responsáveis sauditas o reforço das sanções ao Irã, assim como o envio de “ajuda humanitária” para a Síria e os esforços para unificar a oposição síria na sua aventura golpista contra o governo de Bashar Assad.
Com agências