Irã apoia acordo proposto por Annan para Síria

O chanceler iraniano, Alí Akbar Salehi, confirmou nesta quinta-feira a visita de Annan a Teerã, na segunda-feira ou na terça-feira, e reiterou que a República Islâmica está disposta a apoiar a execução de um plano de seis pontos proposto pelo diplomata ganês, ex-secretário geral da ONU.

Salehi recordou que o Irã, junto com a Rússia e a China, tem apoiado o governo sírio em seu confronto com grupos opositores que Damasco chama de terroristas, mas também tem assinalado a necessidade de que Bashar Assad impulsione as reformas que o povo de seu país exige.

'Estamos otimistas com respeito à missão de Annan e pensamos que o apoio dos árabes, Turquia e as Nações Unidas a esse labor pode ajudar a resolver o tema da Síria', indicou o titular das Relaçõese Exteriores.

Igualmente, fez questão de afirmar que o Irã está pronto para ajudar a implementar o plano de seis pontos que Damasco já aceitou .

A iniciativa apresentada pelo ex-secretario geral da ONU propõe, ademais, que cessem as hostilidades durante duas horas diárias para permitir a assistência humanitária aos danificados pela beligerância, e facilitar o acesso a todas as áreas em conflito.

'O contencioso sírio deve ser manejado com paciência', assinalou o chanceler do Irã, cujo país tem mantido uma postura diametralmente oposta à da Turquia e da Arábia Saudita, de apoio tácito à oposição armada e favorável a lhe fornecer arsenais bélicos.

De igual modo, reconheceu que 'temos diferenças com a Turquia sobre a questão síria, mas estamos em constantes conversas com os amigos turcos', que na próxima semana pretendem realizar em Istambul uma reunião dos chamados 'Amigos da Síria'.

Para o país persa, qualquer vazio de poder ou ação precipitada para solucionar a crise na referida nação árabe 'poderia deixar danos irreparáveis em toda a região' do Oriente Médio, apontou Salehi.

Também o vice-chanceler iraniano para Assuntos Árabes e Africanos, Hossein Amir-Abdollahian, ratificou o apoio deste país às demandas legítimas do povo yemenita, e qualificou de infundadas acusações de suposta interferência no Iêmen.

Prensa Latina