Chile: Nós, estudantes, só podemos defender nossos diretos na rua
A Confederação de Estudantes de Chile (Confech) recusou, nesta quarta-feira (28) as conclusões de um painel assessor do governo, que disse ser inviável o estabelecimento da educação gratuita por considerá-la e não equitativa.
Publicado 29/03/2012 11:24
"O único ineficiente e não equitativo no Chile é o modelo neoliberal que defendem os assessores do governo", responderam os dirigentes universitários, que também indicaram que não estão deixando outro caminho aos estudantes do que a defesa de seus direitos nas ruas, através das mobilizações sociais.
'É claro a única forma de diálogo vai ter que seguir sendo através das ruas, as manifestações e a organização popular. Nada mais', afirmou o presidente da Federação de Estudantes da Universidade da austral cidade de Concepção, Recardo Gálvez.
O porta-voz de Confech comentou que 'o fato de que agora os benefícios das bolsas vão chegar às universidades privadas ou que o subsídio que se lhe vai a aplicar ao Crédito com Aval do Estado beneficie principalmente à banca privada demonstra que a política deste governo é uma política empresarial'.
O mencionado painel em contraposição à gratuidade propõe melhorar o sistema de bolsas e créditos, incluindo a universidades públicas, privadas e institutos profissionais, junto com melhorar o Crédito com Aval do Estado.
Segundo a popular dirigente estudantil chilena Camila Vallejo, a educação deve ser vista em Chile como um direito, assim como a saúde. Por isso, assinalou, há que mudar estruturalmente o modelo atual que beneficia um mercado de interesses privados e que favorece o individualismo, o egoísmo e a exclusão.
Fonte: Prensa Latina