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Turquia antecipa reunião de grupo pró derrubada de governo sírio

A Turquia antecipou para o dia primeiro de abril o segundo encontro do grupo auto-denominado "Amigos da Síria", uma organização intervencionista integrado por 50 países árabes e ocidentais, além de organizações interessadas em forçar a saída do presidente Bashar al-Assad.

A mudança de data obedece a "razões técnicas", mas Istambul, a cidade mais importante e antiga capital do país euro-asiático, se manterá como a sede do encontro, publicou nesta terça-feira (20) o jornal Hurriyet Daily News.

A reunião, prevista antes para 2 de abril, pretende ampliar ainda mais as pressões contra a Síria. Esta será a segunda conferência dos chamados "Amigos da Síria".

Os intervencionistas efetuaram um primeiro encontro na Tunísia em fevereiro passado, a fim de encontrar uma solução – satisfatória para eles – à crise instalada na Síria. Na reunião esteve presente o ilegítimo Conselho Nacional Sírio (CNS), que exigiu ali ajuda militar para derrubar o governo do seu país.

Rússia, China, Líbano e outros estados recusaram o convite a esse encontro por considerar que ele leva a uma maior intromissão nos assuntos internos de um país soberano.

O governo sírio, por sua vez, qualificou-o de "reunião de inimigos" e denunciou os chamados para financiar a oposição armada porque constitui "apoiar o terrorismo e prejudicar diretamente os interesses do povo".

Além de acolher essa segunda conferência, a Turquia também trabalha para unificar e respaldar a oposição do vizinho país.

"Manteremos estreitos contatos como parte dos esforços para ampliar o CNS e fortalecer sua base social", disse a jornalistas o ministro de Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu.

Também comentou sobre a possível criação de "zonas de contenção" na fronteira comum com a Síria para abrigar os refugiados que chegam à Turquia.

De acordo com a agência de Desastres e Situações de Emergência, 16.562 pessoas estão acolhidas em várias localidades limítrofes do território nacional.

No entanto, analistas asseguram que esses acampamentos se converterão em bases militares onde os insurgentes sírios podem reagrupar-se e rearmar-se sob o amparo turco.

Segundo o jornal britânico The Independent, o país euro-asiático tem proporcionado proteção constante aos opositores desde o início da crise e a ajuda a organizar um exército que seria o braço armado do ilegítimo CNS.

As forças armadas sírias interceptaram nos últimos meses vários cargamentos provenientes da Turquia com munições para os grupos rebeldes.

Fonte: Prensa Latina