Sem categoria

UBM pressiona por andamento da Comissão da Verdade

A União Brasileira de Mulheres (UBM) publicou a petição online que pede a Criação da Comissão da Verdade para pressionar pelo andamento da mesma. Criada em novembro de 2011, espera-se desde então que o governo anuncie os nomes de quem vai compor o grupo que ficará responsável pela apuração dos fatos no período da ditadura militar.

Nesta segunda-feira (19), a Folha de S. Paulo publicou editorial condenando a denúncia de procuradores da República de denunciar o coronel da reserva do Exército Sebastião Curió Rodrigues de Moura pelo sequestro qualificado de cinco pessoas na guerrilha do Araguaia.

A denúncia foi feita na Justiça Federal do Pará. Curió comandou tropas na região em 1974, seria responsável pelo desaparecimento de Maria Célia Corrêa, Hélio Luiz Navarro Magalhães, Daniel Ribeiro Callado, Antônio de Pádua Costa e Telma Regina Corrêa.

Leia abaixo a íntegra da nota da UBM em sua página na internet, que convoca a assinatura de todas as coordenações estaduais da entidade:

UBM intensifica assinatura, junto às coordenações estaduais, do abaixo- assinado pela Comissão da Verdade

A comissão da Verdade foi criada para apurar violações aos direitos humanos entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar (1964-1988). A lei que instituiu a Comissão foi sancionada em novembro do ano passado, no entanto, o governo não anunciou os nomes de quem vai compor o grupo responsável pela apuração dos crimes no período. A UBM nacional já assinou o abaixo- assinad para dar celeridade à implementação desta comissão e incentiva às coordenações estaduais a defender essa conquista da sociedade que visa investigar casos de tortura e desaparecimentos ocorridos durante a ditadura militar.

Segundo o documento, a Comissão é uma forma de reparação também às famílias das vitimas que lutaram e defenderam a criação de um governo democrático para o país. “É importante afirmar que o Estado Brasileiro já implantou, recentemente, duas comissões da verdade, que vem resgatando a confiança pública: a de Mortos e Desaparecidos, constituída há 15 anos; e a da Anistia, criada há 10 anos, portanto não se está propondo criar uma coisa nova e desconhecida. Também internacionalmente a proposição de Comissão da Verdade – como foi a experiência da Espanha, Portugal, Chile, Argentina – significou a possibilidade do reconhecimento não só da memória daqueles que lutaram contra o arbítrio de governos ditatoriais e fascistas, mas também a possibilidade de pacificação da sociedade, de dar uma resposta do Estado às famílias enlutadas, que podem enterrar seus mortos e venerá-los conforme os mais dignos sentimentos simbólicos dos seres humanos”, explica o abaixo-assinado.

Clique aqui e assine o Abaixo-assinado Pela Criação da Comissão da Verdade

Da redação, com UBM