Coreia do Norte defende seu direito de lançar satélite
Ouvem-se ruídos sobre o lançamento do satélite de observação da Terra "Kwangmyongsong-3", feito com tecnología e forças próprias da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), diz um comunicado da Chancelaria, que defende o direito do país asiático de lançar o artefato.
Publicado 19/03/2012 08:15
Para o governo da RPDC, as forças hostis ao país, como Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul criticam esse projeto espacial descrevendo-o como “lançamento de míssil”, "grave ato de provocação” que ameaça a paz e a estabilidade da Península Coreana e do Nordeste Asiático" e "violação da resolução do Conselho de Segurança da ONU".
“Essas afirmações partem do sujo intento de atentar contra a soberanía da RPDC, recusando seu direito a explorar e usar o espaço com fins pacíficos, sendo uma expressão típica da política para esmagá-la”, diz o comunicado distribuído pela Embaixada em Brasília.
No entanto, os coreanos do Norte argumentam que esse direito legítimo é reconhecido internacionalmente e é compartilhado por todos os Estados soberanos.
O comunicado prossegue indicando que o "Kwangmyongsong-3", a ser lançado em abril próximo, é fruto valioso da pesquisa científica que os cientistas e técnicos norte-coreanos realizaram com o propósito de desenvolver e usar os satélites artificiais de usos práticos, imprescindíveis para o desenvolvimento da economia nacional, em virtude da política do governo da RPDC sobre o desenvolvimento e uso pacífico do cosmos.
A nota assinala ainda que a Coreia do Norte informou às organizações internacionais correspondentes os dados necessários, observando as normas e trâmites internacionais, e declarou a vontade de convidar especialistas e jornalistas estrangeiros ao local do lançamento.
Enfatizando que ninguém tem o direito de censurar o lançamento do satélite, a RPDC destaca a postura digna de promover o desenvolvimento científico, o que representa uma espinha atravessada na garganta das forças hostis ao país.
A Coreia do Norte reafirma que não recuará do seu plano de lançar o satélite.
Com informações da Embaixada da RPDC no Brasil