Estados Unidos fazem alerta sobre suposta “ameaça terrorista”
Autoridades federais estadunidenses implementaram a partir da quinta-feira (15) um "estado de alerta" em todas as sedes governamentais, depois de uma advertência sobre prováveis atos de “violência terrorista”.
Publicado 16/03/2012 11:13
Um boletim conjunto do Birô Federal de Investigações (FBI) e do Departamento de Segurança Interior alertou nesta quinta-feira a respeito de uma provável "mobilização extraordinária de forças extremistas em território norte-americano." De acordo com os organismos de segurança, os principais alvos dos hipotéticos ataques seriam instalações militares e instituições do governo nacional.
A matança de civis afegãos em Kandahar na semana passada produziu tensões e criou um ambiente contrário aos Estados Unidos por todo o Afeganistão, que se manifestaram através da queima de símbolos cristãos e bonecos de Barack Obama.
O relatório do FBI alerta a respeito de um “alto nível de ameaça” neste momento porque – afirma – todos os recentes incidentes foram percebidos no mundo muçulmano como ofensas contra o Islã.
O massacre de 16 afegãos perpetrado por um sargento de Seattle domingo passado e a queima de livros do Alcorão também por tropas estadunidenses no mês passado, são elementos que complicam as perspectivas do Pentágono no Afeganistão.
O governo do presidente Obama discute agora como se retirar o mais rápido possível desse país centro-asiático, depois dos infames acontecimentos que comprometem ainda mais a segurança das unidades militares de ocupação no país.
A administração federal considera reduzir as forças com a retirada de 20 mil soldados a partir de 2013, um fato que reflete a crescente preocupação da Casa Branca em relação a esta operação no Oriente Médio.
Thomas Donilon, assessor de segurança nacional, sugere que um 10 mil militares deveriam voltar em dezembro de 2012, e outro contingente de 20 mil teria que estar pronto para o retorno em junho de 2013.
O vice-presidente Joseph Biden pressiona para que a decisão seja ainda mais radical, reduzindo a participação de seu país a um mero papel de apoio logístico para as forças armadas estadunidenses no Afeganistão. Os Estados Unidos mantêm atualmente 90 mil soldados no Afeganistão.
O soldado estadunidense que assassinou 16 civis nas vilas de Alkozai e Najeeban é proveniente da base Lewis-McChord, com antecedentes de irregularidades, indisciplinas, e múltiplos relatórios de recrutas com transtornos mentais.
Prensa Latina