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Colômbia: 2.800 sindicalistas foram assassinados desde 1984

Relatório da ONU revela que apenas 5% dos casos foram a julgamento, generalizando a impunidade

Protesto contra assassinato de sindicalista na Colômbia, 2010

A atividade sindical pode ser, na Colômbia, uma atividade muito perigosa. Assassinatos, desaparecimentos forçados e ameaças constituem o cotidiano dos lideres sindicais no país, uma situação que perdura há algumas décadas. Embora os números tenham caído nos últimos anos, mesmo assim continua muito alto: em 2010, ano que registrou menos casos de violência dessa natureza, 30 sindicalistas foram assassinados – isto é, mais de dois por mês.

Um relatório coordenado pelo Escritório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na Colômbia, recoloca estas violências em pauta. O estudo mostrou que, desde 1984 foram assassinados 2.800 líderes sindicais. Isto representa uma média de 100 por ano; e 94,4% destes crimes continuam impunes. O estudo também registrou 216 casos de desaparecimentos, 83 de tortura e 163 sequestros de sindicalistas. O coordenador do estudo, Carlos Miguel Ortiz, diz ainda que embora tenha sido registrada uma queda nos assassinatos desde 2003, houve entretanto um grande aumento nas ameaças e intimidações sse que, embora o relatório assinala que desde 2003 têm diminuído os assassinatos, houve um aumento nas ameaças contra sindicalistas.

Mas os números podem ser maiores. Segundo a Escola Nacional Sindical da Colômbia, em 2010 foram assassinados 51 dirigentes sindicais, entre eles 29 professores. Desde 2011 a Escola manifesta preocupação com os dados coletados pelo Escritório do PNUD por "não corresponderem à realidade registrada pela ENS ou pelos registros de direitos humanos existentes.

Com informações de Público.es