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Sarkozy insiste em discurso xenófobo na França

O presidente francês e candidato à reeleição neste ano, Nicolas Sarkozy, voltou a atacar a imigração ilegal em discurso proferido neste domingo (11). Para não “enfraquecer a França”, Sarkozy afirmou que poderia tirar o país do acordo de Schengen, que permite a livre circulação de pessoas por 30 países do continente, incluindo todos os integrantes da União Europeia (com exceção de Irlanda e Reino Unido). 

Sarkozy afirmou que o acordo deve ser revisto e alterado para conter a imigração ilegal no continente. Para ele, esta seria a única opção para conter uma “implosão” da Europa.

“Nosso modelo faz parte da nossa identidade, ele nos protege porque nos une; enfraquecê-lo será enfraquecer a França”, afirmou durante o comício. Em discursos anteriores, o presidente já havia prometido reduzir pela metade o número de estrangeiros no país caso fosse reeleito neste ano, num sinal de que o discurso conservador radical será a sua tônica.

Sarkozy se opõe à entrada da Romênia e da Bulgária no acordo e trata a questão da imigração como um de seus principais focos de campanha para a reeleição. Por causa de muitas das suas posoções, o presidnete tem sido acusado de xenofobia.

Ainda durante seu discurso, o presidente defendeu medidas mais efetivas para, segundo ele, proteger o continente europeu de uma concorrência desleal. Para isso, Sarkozy sugeriu que a União Europeia passasse a utilizar apenas produtos e serviços desenvolvidos por países do bloco em licitações públicas.

Pesquisa

Na última pesquisa de intenção de voto divulgada no país, Sarkozy aparece em segundo lugar na disputa com 28%, atrás do candidato de centro esquerda François Hollande, que tem 30% dos votos. Em terceiro lugar aparece a candidata da direita Marine Le Pen com 15%.

Uma pesquisa feita na França, Espanha, Itália, Alemanha e Grã-Bretanha com mais de 4.200 pessoas apontou Sarkozy como o mais impopular entre os líderes do país. Segundo o instituto BVA Opinion, que realizou a pesquisa, o presidente francês teve uma avaliação negativa de 58%, contra 41% de Angela Merkel, chanceler da Alemanha.

“Há muito ressentimento contra Nicolas Sarkozy. Ele causa tanta irritação na Europa quanto na França”, explicou Gael Sliman, diretor do BVA, à Agência Reuters. A pesquisa foi divulgada na última semana.

Com Opera Mundi