Resolução da Unesco contra a Síria é recusada por diversos países
Vários países recusaram a resolução contra a Síria aprovada na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e advertiram que este não é o fórum apropriado para discutir o tema.
Publicado 09/03/2012 17:11
O representante cubano na reunião 189 do Conselho Executivo, Juan Antonio Fernández, condenou a indesejada politização nos debates e assinalou que a informação sobre a Síria é fragmentada, imprecisa e objeto de manipulação.
Fernández denunciou que a resolução adotada é desequilibrada, a análise da situação carece de objetividade e não leva em conta a responsabilidade de uma oposição armada que causa graves sofrimentos à população.
O texto, apresentado pela Arábia Saudita, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos, República Tcheca e outros países, critica o governo de Damasco pelas "violações contínuas e sistemáticas dos direitos humanos", mas não faz alusão alguma aos grupos armados que contam com o apoio de países estrangeiros.
A delegação chinesa advertiu que o debate deste tema está para além das atribuições da Unesco e chamou a cumprir a constituição desta organização não governamental. Afirmou também que resoluções como estas não ajudam a resolver a situação e pediu respeito à capacidade da Síria de tomar decisões independentes.
Por sua vez, a delegação da Rússia opôs-se à inclusão do tema da Síria na agenda do Conselho Executivo da Unesco e recordou que este assunto já tem sido debatido em outros fóruns internacionais.
Um total de oito países opuseram-se e 14 abstiveram-se na votação do texto, aprovado por 35 países.
Contra a resolução votaram Bielorrússia, China, Cuba, Rússia, Mali, Síria, Venezuela e Zimbábue.
Fonte: Prensa Latina