EUA coordena novas ações hostis contra Síria
Os Estados Unidos estão movendo suas teias diplomáticas para derrubar o atual governo da Síria, assegurou nesta quarta-feira (7) o chefe do Pentágono, Leon Panetta, durante uma audiência especial no Senado.
Publicado 08/03/2012 08:53
O Secretário de Defesa respondeu perguntas sobre o tema em uma sessão do Comitê de Serviços Armados e reconheceu que não existe consenso entre países aliados de Washington quanto ao início de uma intervenção militar contra Damasco.
"Para nós atuar unilateralmente poderia ser um erro, seria uma operação com forças limitadas e demasiadas contingencias para os soldados no terreno", sublinhou Panetta. "Não obstante" – afirmou – "várias opções militares seguem sendo consideradas".
Anteriormente, o senador conservador pelo Arizona John McCain pediu à administração de Barack Obama para acelerar o uso da força contra o presidente sírio Bashar Assad, cujo derrocamento – disse – seria "um golpe estratégico e geopolítico de primeira ordem".
O general Martin Dempsey, chefe do Estado Maior Conjunto, adiantou que entre as variantes avaliadas estão o estabelecimento de zonas de proibição aérea e marítima e os chamados bombardeios cirúrgicos contra determinados perímetros na Síria.
Há semanas o Departamento de Defesa dos Estados Unidos tem planejado uma série de ações ante um eventual fluxo de refugiados ou a suposta necessidade de ajuda médica de forma em massa solicitada pelo pessoal em Damasco.
O leque de alternativas não exclui um ataque militar com forças especiais e em coordenação com aliados de Washington como Turquia e outros integrantes da OTAN, indicaram meios de imprensa como a corrente CNN e a rádio nacional NPR.
Segundo assessores da Casa Branca, este movimento do Pentágono é uma iniciativa independente dessa instituição federal, com o objetivo de apresentar opções sobre Síria ao presidente Obama caso o executivo as requisite-a.
Nossos planos militares têm um amplo espectro de variantes, ainda que ainda pensássemos que a diplomacia é uma via útil, apontou a porta-voz do Pentágono Chris Perrine.
Congressistas conservadores como McCain e Lindsey Graham pediram a Obama resoluções mais contundentes sobre a nação levantina e, no imediato, fornecer armas a grupos subversivos que o governo de Assad qualifica de terroristas.
No início do mês passado, os Estados Unidos fecharam sua embaixada na Síria, retiraram todos seus diplomatas e recomendaram aos cidadãos estadunidenses não viajar ou sair desse território no Oriente Médio.
A administração Obama tem criticado o que qualifica como uma escalada da violência de militares sírios contra civis e tentou condenar ao presidente Assad no Conselho de Segurança de Nações Unidas.
Fonte: Prensa Latina