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Professores fazem últimos preparativos para greve nacional

Representantes de 44 entidades filiadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTE) se reuniram para acertar os últimos preparativos para a greve nacional, entre os dias 14 e 16. Alguns sindicatos cogitam estender a paralisação. Hoje (1º), o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que o reajuste de 22,2% no piso é elevado e que alguns municípios terão dificuldades com pagamentos. Ele fez um apelo a professores e gestores na busca de um entendimento para evitar paralisações.

Assembleias, aulas-cidadãs, audiências públicas nas assembleias legislativas, passeatas, panfletagens e atos em praças públicas serão algumas das atividades previstas para chamar a atenção da sociedade para a questão. Durante a reunião entre representantes das entidades, em Brasília, na quarta-feira (29), cerca de 30 entidades informaram que já estão com a programação definida para os três dias.

A greve dos professores se dá para reivindicar o cumprimento da Lei do Piso, em vigor desde 2008, planos de carreira, 1/3 da jornada para atividades extraclasse e por 10% do PIB no PNE o para financiamento da educação.

Professores e trabalhadores da educação de Rondônia, Goiás e Piauí deflagraram greve estadual em fevereiro, antecipando a pauta. Alguns sindicatos, como o de São Paulo (Apeoesp-SP) , promoverão assembleias no dia 16 para avaliar se darão continuidade à paralisação.

Equilíbrio

Mercadante, que participou do programa “Bom Dia”, da EBC, ponderou que é preciso encontrar um equilíbrio entre as partes. “É preciso equilíbrio, responsabilidade. Os professores têm que ajudar para que isso seja absorvido e para que não haja retrocesso”, ressaltou.

Mas ressaltou que a qualidade da educação constitui o maior desafio histórico brasileiro e, sem incentivo financeiro, os bons profissionais não vão querer lecionar. Por outro lado, lembrou que alguns estados chegam a ter 57% da folha de pagamento destinados aos aposentados.

“Precisamos de uma solução que seja sustentável e progressiva. O que não podemos é congelar o piso”, disse. “Para este ano, a lei é esta. Já divulgamos os parâmetros e a lei é para ser cumprida”, concluiu.

O novo piso foi anunciado na última segunda-feira (27) e elevou o salário dos professores de R$ 1.187 para R$ 1.451. O valor estipulado para este ano acompanha o aumento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) de 2011 para 2012, conforme determina a legislação atual.

Alguns estados e municípios alegam dificuldade financeira para pagar o valor determinado. Governadores reuniram-se na quarta-feira (28) com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), e pediram a aprovação de um projeto de lei que altere o critério de correção do piso, tendo como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação.

Reportagem feita pela CNTE sobre os preparativos para a paralisação nacional:

Com CNTE e Agência Brasil