Sem categoria

Bolsas europeias recuam com indicador fraco de varejo nos EUA

As bolsas europeias fecharam em leve baixa nesta terça-feira, influenciadas pelo indicador de vendas no varejo nos Estados Unidos, que veio abaixo do esperado, e pelo rebaixamento dos ratings soberanos de seis países da zona do euro pela Moody’s.

Desta vez, a Grécia ficou em segundo plano, com os investidores aguardando o encontro de ministro de Finanças, amanhã, em Bruxelas.

Entre as principais bolsas da região, o índice FTSE 100, de Londres, fechou em baixa de 0,10%, aos 5.900 pontos; em Paris, o CAC 40 recuou 0,26%, para 3.375 pontos; em Frankfurt, o DAX caiu 0,15%, para 6.728 pontos; e em Milão, o FTSE MIB subiu 0,47%, para 16.446 pontos.

Os investidores souberam hoje que as vendas no varejo dos EUA aumentaram 0,4% em janeiro na comparação com dezembro, para US$ 401,40 bilhões. Na comparação com janeiro do ano passado, a alta foi de 5,8%. O resultado veio abaixo da expectativa; analistas esperavam aumento de 0,9% das vendas no varejo na comparação mensal.

Outra informação relevante veio da agência de classificação de risco Moody’s, que revisou ontem o rating de uma série de países da União Europeia e resolveu rebaixar em dois níveis a nota de crédito da Espanha e em um nível as notas de Itália e Portugal. Os ratings da França e do Reino Unido foram mantidos, mas a perspectiva das notas agora é negativa, o que indica a possibilidade de novos rebaixamentos. A revisão ocorre após S&P e Fitch terem rebaixado diversos países da região.

Ainda na lista de indicadores, a produção industrial da zona do euro caiu 1,1% em dezembro na comparação com novembro e 2,0% ante igual mês do ano anterior, a primeira queda nessa base de comparação desde dezembro de 2009. Economistas previam recuo de 1,2% ante novembro e um declínio anual de 1,0%. Os dados de novembro, por sua vez, foram revisados para estabilidade ante outubro e para um aumento de 0,1% na comparação com novembro de 2010.

Os bancos franceses voltaram a cair com força hoje, ainda na esteira da decisão de ontem dos órgãos reguladores do país de liberar a venda de ações a descoberto. Credit Agricole perdeu 5%, BNP Paribas recuou 2,4%, e Societe Generale fechou em baixa de 3,7%.

Entre as empresas, destaque para L’óreal, que subiu 3,8% após a companhia francesa de cosméticos divulgar faturamento recorde de 20,3 bilhões de euros em 2011. A empresa também informou que Liliane Bettencourt, de 89 anos, filha única do fundador da L’Oréal, Eugène Schueller, deixou o conselho de administração da companhia. O neto mais velho de Liliane, Jean-Victor Meyers, de 25 anos, vai ocupar assento no conselho.

Fonte: Valor