Enfrentamento a violência ganha apoio do HR Planaltina
Na manhã de segunda-feira, 6, a Secretária de Estado da Mulher, Olgamir Amancia, a Primeira Dama do DF, Dra. Ilza Queiroz, a Direção Regional de Saúde de Planaltina, representada por seu diretor, Dr. Maurício Neiva Crispim e a Diretora Administrativa do Hospital Regional de Planaltina (HRP), Rose Maire Araújo traçaram plano de trabalho para dar atenção especial aos casos de violência doméstica na rede de saúde de Planaltina.
Publicado 07/02/2012 19:48 | Editado 04/03/2020 16:41
Tendo como base o programa da Secretária de Saúde de Prevenção aos Acidentes e Violências (PAV), a meta é criar rotinas de procedimentos que garantam que as vítimas de violência doméstica sejam cadastradas na “notificação compulsória”, cujo registro obriga e universaliza o procedimento, visando o controle de situações que requerem pronta intervenção, como é o caso das agressões sofridas pelas mulheres.
Entretanto, “obrigar o preenchimento do cadastro é insuficiente”, constata a Secretária Olgamir, que completa dizendo que “o fundamental é sensibilizar os atendentes, enfermeiros, médicos e profissionais da saúde de modo geral, levando-os a compreender a importância da notificação”. Para a Secretária a sensibilização passa pela realização de oficinas com os profissionais, que abordem o tema em dois eixos fundamentais: a Lei Maria da Penha e a importância do registro compulsório.
Rose Maire Araújo, Diretora Administrativa do HRP afirma que a eficácia destas oficinas passa pela formação dos agentes primários, ou seja, as equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) e pelos postos de saúde.
Já o Diretor Regional de Saúde de Planaltina, Dr. Maurício Crispim entende que é necessário formatar um “programa de Governo”, para dar conta destes procedimentos em rede. Ele considera que as “oficinas são importantes ferramentas para contribuírem no saber, mas é necessário casá-las com equipes de ação concreta. Para ele, a relevância dos dados sobre a violência contra a mulher pode revelar uma epidemia e como tal, precisa ser tratada com programa de saúde pública. Por isso, Dr. Maurício defende que haja determinação para constituir-se um programa especial para as vítimas de violência domiciliar.
A Primeira Dama do DF, Dra. Ilza Queiroz afirma que o preenchimento da notificação compulsória permitirá que existam dados que vão além daquelas vítimas que chegam na emergência já em situação grave. Ela também afirma que envolver os mais diversos setores no enfrentamento a violência de gênero contribui para uma mudança de cultura. “As pessoas reproduzem aquilo que elas aprendem e vivenciam. Combater a violência de gênero é combater outras violências”, assegura Dra. Ilza.
O resultado da reunião foi a constituição de uma comissão de trabalho envolvendo a Secretaria de Estado da Mulher, a Direção Regional de Saúde de Planaltina e o HRP, com a finalidade de esboçar o programa que alie a implantação do registro compulsório, a procedimentos de fluxo que alterem a realidade e minimizem os índices de violência doméstica.
A comissão deve começar a funcionar imediatamente e em março deverá acontecer a primeira oficina de sensibilização, que iniciará pelas chefias da Regional de Saúde de Planaltina.
Sônia Corrêa