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Sindicatos gregos convocam nova greve geral contra arrocho

Os dois principais sindicatos da Grécia convocaram nesta segunda-feira (6) uma greve geral para a próxima terça contra as medidas de arrocho financeiro.

As medidas, exigidas pela União Europeia e o FMI (Fundo Monetário Internacional), são considerados como uma "crônica de uma morte anunciada" pelos setores sindicais. Eles reclamam contra o corte de 20% a 30% nos salários para fazer frente à crise da dívida.

De acordo com a agência de notícias local ANA, os trabalhadores dos setores privado e público farão uma manifestação na praça Sintagma, no centro de Atenas, na manhã desta terça-feira (7).

Sem acordo

No domingo (5), terminou sem acordo uma nova reunião entre líderes gregos sobre as medidas de austeridade exigidas pela comunidade internacional em troca de uma nova parcela de ajuda à Grécia.

As conversas serão retomadas na segunda. Segundo nota do governo, há acordo em princípio sobre os temas centrais. Entre as medidas está a limitação do gasto público em 1,5% do PIB.

No sábado (4), a Grécia anunciou que chegou a um acordo com os credores internacionais sobre a forma de recapitalizar seus bancos.

À beira da falência, Atenas deve encerrar as negociações com credores estrangeiros sobre o resgate e obter a aprovação política a ele para garantir que fundos comecem a escoar em tempo para o país pagar os 14,5 bilhões de euros em títulos com vencimentos em meados de março.

Mas as negociações com sua "troika" de credores internacionais são difíceis por conta das exigências deles para que o governo reduza custos trabalhistas removendo bônus de férias e diminuindo o salário mínimo — propostas que são fortemente opostas por líderes de partidos políticos gregos.

Exigência de cortes

Cada vez mais frustrados com a incapacidade de Atenas de executar as reformas necessárias para estimular a economia grega atingida pela recessão, credores estrangeiros exigiram provas do compromisso do país com os cortes de gastos antes de distribuir mais dinheiro.

Eles querem que todos os chefes políticos do país — que estão ansiosos em não ser diretamente relacionados com as dolorosas reformas enquanto se preparam para eleições em abril — apoiem as medidas, independentemente dos resultados nas urnas.

Fonte: Folha.com