Rússia: reação do Ocidente a veto na ONU é “indecente”
“Indecentes e quase histéricas”, assim o chefe da diplomacia russa, Serguéi Lavrov, qualificou algumas das reações de líderes ocidentais ao veto imposto por Rússia e China à resolução sobre a Síria do Conselho de Segurança da ONU.
Publicado 06/02/2012 17:26
Segundo os diplomatas russos, este projeto é “unilateral” e não conclama todas as partes do conflito a cessar a violência. O veto provocou uma onde de críticas em todo o Ocidente.
“Parece-me que com essas declarações histéricas esses líderes tentam dissimular a essência do que ocorreu e continua ocorrendo. E a essência é que na Síria não existe apenas um foco de violência, mas vários”, afirmou Lavrov ao encontrar-se com o colega diplomata de Bahréin.
Ainda assim, o ministro de Relações Exteriores russo declarou que a votação no Conselho de Segurança da ONU foi apertada. Houve a necessidade de solicitar ao Conselho que não submetesse a nova resolução a votação antes de seu regresso de Damasco, para onde irá em março em visita oficial acompanhado pelo chefe do serviço de Inteligência Exterior, Mijaíl Fradkov.
A expectativa é de que Lavrov se reúna com o presidente sírio, Bashar Al Assad, para debater as possibilidades de superação da crise atual.
O chefe da diplomacia russa reiterou que a postura de seu país em relação à Síria é definitiva, Moscou não a mudará. Lavrov explicou que a Rússia apóia três pontos da iniciativa da Liga Árabe lançada em novembro de 2011. Assim, Moscou insiste em colocar fim à violência não importa a sua origem. Além disso, a Rússia posiciona-se contra qualquer interferência estrangeira na Síria e considera necessário iniciar o mais depressa possível um diálogo político de integração e sem restrições prévias.
Com agências