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Banco Central volta a fazer leilão para compra de dólares

O Banco Central (BC) decidiu neta sexta-feira (3) retomar as compras da moeda estadunidense, o que não fazia desde 13 de setembro de 2011. Naquela data, o BC fez uma operação de compra da moeda no mercado à vista.

Hoje, o BC fez um outro tipo de operação – compra de dólares a termo (com liquidação futura). A taxa de corte do leilão foi de R$ 1,7383, com data de liquidação em 20 de março de 2012. A última vez que o BC fez esse tipo de operação foi no dia 26 de julho de 2011.

A decisão reflete a oscilação das cotações cambiais. Nos últimos meses o dólar vinha recuperando valor, o que tornava desnecessário a intervenção do BC, que deixou o mercado de moedas livre. Mas a moeda do império voltou a cair em relação ao real, que em janeiro acumulou valorização de 6,9% sobre o dólar.

A depreciação do dólar dificulta as exportações brasileiras, sobretudo de produtos industrializados. A preocupação das autoridades econômicas cresce em função da nova situação do comércio exterior, em que as exportações declinam em função da crise na Europa e a balança comercial já registra déficit. Daí a mudança de atitude do BC no mercado cambial.

O anúncio da operação levou a moeda norte-americana a reverter a queda e passar a operar em alta, batendo na máxima de 1,7283, antes de voltar a cair com a divulgação dos dados de emprego dos Estados Unidos em janeiro. Às 11h36, o dólar caía 0,05 por cento, para 1,7210 real na venda. Mais cedo, chegou a cair a uma mínima de 1,7169 real.

O leilão de compra de dólares a termo é semelhante ao leilão de compra de moeda no mercado à vista. A diferença se dá na data de liquidação: as compras a termo têm liquidação definida no momento do anúncio, enquanto as aquisições à vista são liquidadas em dois dias úteis (D+2).

Com agências