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Governo seguirá caminho para mais reduções dos juros, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (26) que o governo pretende continuar seguindo o caminho para mais reduções da taxa básica de juros do país. Segundo ele, para isso, a política fiscal será mantida neste ano, com reduções de gastos de custeio.

Mantega afirmou que os investimentos federais também serão preservados, como os voltados para infraestrutura. Ele chamou a atenção ainda para os desembolsos programados pelas estatais, como a Petrobras, com R$ 90 bilhões, e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), com R$ 140 bilhões neste ano, segundo dados do próprio ministro.

"Haverá mais crescimento com menos inflação", prometeu Mantega em entrevista para a imprensa internacional.

Por meio da publicação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), nesta quinta (26), o Banco Central deu sinais claros de que busca levar a Selic — hoje em 10,50% ao ano — para um dígito apenas.

Para viabilizar essa queda na taxa básica, Mantega disse que o governo precisaria moderar os gastos. Ele ressaltou ainda que a atual situação internacional também ajuda neste sentido.

O ministro disse ainda que a inflação no Brasil está em queda, e caminhando para o centro da meta oficial do governo, que é de 4,5% pelo IPCA.

Mantega disse ainda que o governo continua trabalhando para cumprir a meta cheia de superávit primário — economia feita pelo setor público para pagamento de juros — neste ano, que é de cerca de 3% do PIB (Produto Interno Bruto).

O ministro repetiu ainda que o corte no Orçamento que está sendo elaborado pelo governo para este ano está em linha com o necessário para o cumprimento dessa meta.

Sobre a atual valorização do real frente ao dólar, Mantega afirmou que ela se deve "mais à depreciação do dólar no mercado internacional", lembrando que o Federal Reserve (banco central norte-americano) informou na quarta-feira (25) que continuará com uma política monetária mais frouxa por mais tempo, o que ajuda a incentivar os investidores estrangeiros a procurarem outros mercados que ofereçam retornos financeiros melhores, como o Brasil.

Mantega disse ainda acreditar que o IED (Investimento Estrangeiro Direto) deste ano supere o de 2011, que fechou em US$ 66,66 bilhões, apesar de o Banco Central prever que o IED ficará abaixo disso, fechando em US$ 50 bilhões.

Sobre o cenário internacional, o ministro afirmou ainda que está afastada uma situação de rompimento na Europa, mas que os problemas ainda não foram resolvidos e que ainda haverá mais volatilidade.

Fonte: Folha.com