Irã rejeita a dupla moral em temas nucleares
O Irã recusa a dúbia moral em temas nucleares, quando o país está sendo pressionado acatar o regime de não proliferação, enquanto se presta nula atenção ao arsenal atômico israelense, denunciaram neste sábado (21) fontes diplomáticas do país persa.
Publicado 21/01/2012 17:47
Efetivamente, trata-se da dupla moral como tantas outras que existem neste mundo, declarou à agência noticiosa Prensa Latina o embaixador da República Islâmica em Moscou, Sejed Mahmud Sadjadi.
Aí temos Israel, que nunca aceitou o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), com suas ogivas atômicas e ninguém se preocupa com isso, apontou.
Enquanto outros Estados como o Irã, que assinaram o TNP e têm declarado que não têm armas de destruição em massa, estão sob uma forte pressão do Ocidente, denunciou o diplomata.
Durante o ano passado, realizaram-se várias reuniões referidas às armas nucleares para criar uma zona livre desse tipo de armamentos não só na região, mas em todo o mundo, por isso cremos em um mundo sem armas atômicas, apontou.
Ao se referir às advertências sobre um conflito nuclear no Oriente Médio , feitas pelo líder da Revolução cubana, Fidel Castro, o diplomata assinalou que Israel provoca tanto os Estados Unidos quanto os árabes a ir à guerra contra Irã.
Eles sabem que nosso país não aceita a existência do referido Estado, considerou Sadjadi.
Como sucedeu no caso do regime do aparheid na África do Sul, por seu racismo, era necessário limitar a participação de Israel na política internacional, sugeriu.
Em pleno século 21, o racismo de nenhuma forma pode ser aceito pela comunidade internacional.
Eles tratam de levar todos a uma guerra contra nosso país e fazer desaparecer a revolução islâmica, mas estamos certos de que fracassarão, pois já demonstramos a capacidade para nos defendermos de uma agressão externa, assegurou.
Com respeito à recente turnê latino-americana do presidente iraniano, Mahmud Ahmadineyad, o embaixador afirmou que esse continente é a terra dos revolucionários e os cubanos são um exemplo para aqueles que amam a liberdade no mundo.
Por isso, temos um sentimento especial pelas nações desse continente, assinalou.
Cuba e a Venezuela, entre outros Estados, foram visitados pelo presidente iraniano. A viagem de Ahmadinejad à América Latina teve como objetivo promover a cooperação política e econômica, esclareceu Sadjedi.
É claro, nações como os membros da Aliança Bolivariana dos Povos de nossa América (Alba) sempre têm jogado um papel importante na denúncia da hegemonia dos Estados Unidos e no apoio ao Irã e a seu povo em momentos críticos, afirmou.
A viagem de Ahmadinejad foi para desenvolver a cooperação bilateral e regional, mas também para expressar ao Ocidente nossa unidade e que de jeito nenhum somos indiferentes às suas decisões ou imposições ao Irã e a outros países, salientou.
Prensa Latina