Nicarágua modifica estrutura de propriedade em favor do povo

Será o primeiro ato oficial deste tipo em 2012. Do total de beneficiados 1.321 serão mulheres, residentes nos departamentos de Carazo, Estelí, León, Masaya e Manágua, anunciou a dirigente sandinista Rosario Murillo, coordenadora do Conselho de Comunicação e Cidadania.

Sem a contribuição da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) seria impossível realizar um programa de tal magnitude em benefício das pessoas mais humildes na Nicarágua, afirmou Ortega em meados de dezembro em outro massivo ato para o outorgamento de documentos de propriedade.

A ALBA contribuiu 15 milhões de dólares para completar as despesas em trabalhos como medição de terrenos, trâmites e conformação dos textos legais; porque tudo isso custa dinheiro, mas as famílias recebem seus títulos gratuitamente, explicou o presidente.

Memória

O líder da governante Frente Sandinista de Libertação Nacional recordou que os camponeses participaram de lutas históricas pela terra frente à expulsão em massa e reiterada, no período da ditadura de Somoza. Ortega exemplificou que membros da guarda nacional assassinaram muitas pessoas do campo, cumprindo ordens dos latifundiários.

Dados oficiais, publicados em 19 de dezembro do ano passado, indicam que durante o período 2007-2011 o Executivo restituiu o direito à propriedade de 365.864 cidadãos, mediante a concessão de 81.303 títulos.

O informe da Voz do Sandinismo detalhou que no quinquênio foram outorgados 39.500 títulos em áreas urbanas para benefício de 177.750 habitantes, enquanto no âmbito rural a cifra de documentos ascendeu a 41.803, com 188.114 pessoas.

A isso se soma a entrega de 76.275 certificados de cumprimento e solvências, isto é, de outros reconhecimentos legais sobre a propriedade, ajudando dessa forma 343.238 cidadãos, detalhou o relatório.

Pesquisas

Segundo diferentes pesquisas de opinião, estas práticas são apreciadas como um dos programas sociais mais exitosos e com maior sentido de justiça nesta nação centro-americana, onde o índice de pobreza ainda é elevado.

A mais recente investigação da empresa consultora Século Novo revelou que 82,3 por cento da população possui uma percepção positiva dos diferentes planos econômicos e sociais do governo.

O professor Tomás Valdés, representante da entidade, informou também que 67,3 por cento dos nicaraguenses percebe favoravelmente o modelo de desenvolvimento cristão, socialista e solidário desenvolvido pelo Executivo.

Com informações da Prensa Latina