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Irã: EUA é incapaz de impedir fechamento de Ormuz

O Irã reafirmou nesta segunda-feira (16) seu potencial militar e sublinhou que os Estados Unidos carecem de capacidade para impedir o fechamento do estratégico Estreito de Ormuz, ao mesmo tempo em que confirmou ter recebido uma carta de Washington sobre esse impasse.

O vice-chefe de Estado Maior Conjunto das Forças Armadas iranianas, brigadeiro general Massoud Jazareyi, assinalou que independentemente das campanhas publicitárias e da propaganda belicista, "os estadunidenses são incapazes de enfrentar as ações iranianas".

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Tal desvantagem, segundo explicou Jazareyi, dá-se em diferentes esferas, "incluído o plano potencial (por parte de Teerã) de fechar o trânsito por Ormuz, caso se veja obrigado a tomar essa medida", como alertou caso se apliquem sanções a seu setor petroleiro.

O militar de alta patente afirmou que "o principal objetivo" do país persa em toda a região é "reduzir tensões" e considerou que "proteger e garantir a segurança no Golfo Pérsico" está entre as principais políticas defensivas do país.

No entanto, advertiu que "se os interesses nacionais do país se veem ameaçados, as forças armadas do Irã utilizarão suas capacidades defensivas para defender a soberania" do território.

No dia 27 de dezembro do ano passado, o primeiro vice-presidente do país, Mohammad Reza Rahimi, advertiu que "se eles (Estados Unidos e Ocidente) impuserem sanções ao petróleo iraniano, não se permitirá passar nenhuma gota de petróleo pelo Estreito de Ormuz".

A isso seguiu um dia depois, em plenas manobras militares "Velayat 90", a afirmação do chefe da Marinha iraniana, o contra-almirante Habibollah Sayyari, de que fechar Ormuz "é muito fácil para as forças navais", pois Teerã tem "pleno controle dessa estratégica via".

O vice-comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (CGRI), Hossein Salami, enfatizou no dia 29 de dezembro que o Pentágono estadunidense não estava em posição de impedir o Irã de fechar o Estreito de Ormuz.

Por seu lado, o secretário de Defesa estadunidense, Leon Panetta, respondeu há oito dias sublinhando que "queremos deixar muito claro que os Estados Unidos não tolerarão o bloqueio do Estreito de Ormuz", e começaram a mobilizar a Quinta Frota situada no Barein.

Por sua vez, o porta-voz da chancelaria iraniana, Ramin Mehmanparast, confirmou no domingo (15) que o governo persa recebeu  -por três canais diferentes – uma carta do governo estadunidense sobre o tema, a qual "está estudando e responderá se considerar necessário".

No meio da crescente tensão, o Irã sugeriu às nações árabes petroleiras do Golfo Pérsico absterem-se de aumentar suas produções de petróleo, pois serão responsáveis pelas consequências de qualquer prejuízo para Teerã por pressões europeias e norte-americanas.

Fonte: Prensa Latina