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Cortes em hospitais gregos deixam uma vítima fatal

Os drásticos cortes orçamentários aplicados à saúde estão derrubando o sistema público, segundo denunciou nesta sexta (13) em Atenas a Federação de Médicos Hospitalares da Grécia (Oenge).

As declarações desta organização foram precedidas ontem pela notícia do falecimento de um paciente no hospital público de Alexandroupolis, no nordeste do país, devido à ausência de pessoal médico que pudesse atendê-lo.

Segundo o presidente da federação, Dimitris Varnavas, as medidas de austeridade impostas à Grécia se traduzem na mais dramática ausência de pessoal e de equipamento médico, o que obstaculiza a prestação de assistência sanitária em vários hospitais de todo o país.

Varnavas informou que, na maioria deles, já não existe uma junta executiva que possa se reunir para decidir sobre o orçamento ou a compra de material.

Há alguns dias, o diretor do hospital estatal da ilha de Rodes, Michalis Kokkinos, demitiu-se diante da penosa situação do centro sanitário devido à escassez de pessoal, que atinge todos os departamentos deste hospital.

A seção de neurocirurgia do Hospital Universitário de Alexandroupolis também teve que ser fechada devido ao fato de que só restava um membro da equipe e, na unidade de psiquiatria juvenil do Hospital Sismanogleio em Atenas, única deste tipo no país, dois especialistas atendem a todos os pacientes.

"O Sistema Nacional de Saúde tem se desmontado de maneira oficial e do modo mais desastroso", assegurou Varnavas.

O dirigente também denunciou a utilização de clínicos gerais para substituir cardiologistas, tanto em centros hospitalares da própria capital quanto em toda a rede regional e insular, bem como a negativa, por parte do governo, em contratar novos médicos, frente às baixas devidas à aposentadoria.

Alguns jornais criticaram hoje o fato de que aqueles que votam por cortes sociais tenham aprovado um aumento, para mais de seis milhões de euros, da verba estatal para o financiamento dos partidos políticos com representação parlamentar.

Fonte: Prensa Latina