Um dos Cinco cubanos é transferido para Flórida
O Comitê Internacional pela Liberdade dos Cinco Patriotas Cubanos confirmou hoje que um dos antiterroristas condenados nos Estados Unidos, Antonio Guerrero, foi transferido para a prisão de Marianna, Flórida.
Publicado 13/01/2012 15:33
O órgão recebeu uma mensagem de Antonio com seu novo endereço carcerário. Ele foi transferido de Florence, Colorado, à prisão Federal de Marianna, Flórida, detalha um comunicado do grupo solidário com Cuba.
Antonio diz, no comunicado, que nos dias de isolamento sempre esteve acompanhado pela solidariedade de todos. A luta pela liberdade de Antonio e dos outros quatro cubanos continuará até o único destino: o regresso a Cuba, agrega a nota pública.
A Seção de Interesses de Cuba nesta capital denunciou, nesta semana, um editorial do jornal The Washington Post que deturpa fatos relacionados com Cuba, como a sanção contra Alan Gross e o caso dos cinco antiterroristas cubanos.
Em uma coluna editorial no dia 31 de dezembro, o jornal questionou a sanção imposta ao cidadão estadunidense Alan Gross, condenado por violar as leis da ilha caribenha.
A Seção de Interesses criticou, da mesma forma, a parte do artigo onde se tenta justificar o injusto castigo aplicado contra os Cinco Patriotas ou somente os Cinco, como são conhecidos internacionalmente René González, Gerardo Hernández, Antonio Guerreiro, Ramón Labañino e Fernando González.
A resposta cubana explica que o veículo estadunidense subestima o apoio mundial a causa, quatro dos quais enfrentam injustas condenações, enquanto René, o primeiro a cumprir a pena, deverá permanecer em território estadunidense outros três anos sob liberdade supervisionada.
O fato de qualificar os cinco como "espiões que se infiltraram em instalações militares do sul da Flórida, é uma maneira de enganar os leitores", esclarece Cuba.
Eles só controlavam a atividade de grupos extremistas de origem cubana em Nova Jersey e na Flórida, tratando de prever ações terroristas e reunir provas sobre possíveis ataques no próprio território dos Estados Unidos, argumentou a carta.
Da mesma forma o Comitê Internacional pela Liberdade dos Cinco Cubanos, retidos nos Estados Unidos em 1998, questionou o artigo do Post, que invalida a opinião de artistas, intelectuais, Prêmios Nobel e até a do ex-presidente James Carter, que defendem sua liberdade, enfatiza.
Entre os Prêmios Nobel que apoiam a causa estão Wole Soyinka, Nadine Gordimer, Desmond Tutu, Rigoberta Menchú, Adolfo Pérez Esquivel, José Saramago, Harold Pinter, Zhores Alfiorov, e Günter Grass.
Os Cinco foram presos no dia 12 de setembro de 1998 na cidade de Miami. Um processo irregular os condenou em 2001 a penas que vão de 15 anos até dupla prisão perpétua.
Fonte: Prensa Latina