Japão cede a pressão dos EUA e adere a sanções contra Irã
O governo do Japão anunciou nesta quinta-feira (12) que vai adotar cortes nas importações de petróleo iraniano. O anúncio foi feito sob pressão dos imperialistas estadunidenses, durante a visita do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner.
Publicado 12/01/2012 09:46
Geithner recebeu positivamente a adesão do Japão à arbitrária política de sanções. Na véspera, os imperialistas norte-americanos tinham colhido uma derrota nesse terreno, depois que a China se recusou a apoiar as sanções.
Até agora as sanções ao Irã estão circunscritas aos países imperialistas, seus aliados e governos sabujos. "Estamos trabalhando muito próximos com a Europa, o Japão e aliados ao redor do mundo para aumentar substancialmente a pressão que fazemos contra o Irã", disse Geithner.
Geithner, na quarta-feira, fez uma visita semelhante à China, mas o país não deu nenhuma indicação de ceder ao pedido de corte dos rendimentos do Irã com petróleo e rejeitou as sanções estadunidenses.
O secretário do Tesouro norte-americano se reuniu com o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, para pleitear o apoio chinês. A China já apoiou quatro rodadas de sanções da ONU contra o Irã, mas se empenha em evitar medidas que afetem o setor energético iraniano. O país tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU e critica os EUA e a União Europeia por adotarem sanções unilaterais adicionais.
"Não é razoável que um país imponha suas leis internas para predominarem como lei internacional, e exija que outros países as cumpram. Então, a China acredita que a cooperação energética e a demanda razoável não têm relação com a questão nuclear do Irã, e não devem ser afetadas", disse o porta-voz da chancelaria chinesa, Liu Weimin.
A China é o maior cliente do petróleo iraniano, recebendo cerca de um quinto do total, mas já reduziu suas compras para janeiro e fevereiro por causa de uma disputa envolvendo preços.
O governo iraniano tem insistido que o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que embasou a decisão dos imperialistas de sancionarem o Irã baseia-se em informações falsas de órgãos de inteligência ocidentais e defende que o programa é inteiramente pacífico e será usado na produção de energia e tratamentos médicos.
Em giro pela América Latina, onde manteve conversações com os presidentes da Venezuela, Nicarágua e Cuba, o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad reafirmou o caráter pacífico do programa nuclear iraniano e obteve o apoio solidário dos líderes anti-imperialistas latino-americanos.
Da Redação, com agências