O Equador não aceitará pressões externas, afirma chanceler
O chanceler Ricardo Patiño afirmou nesta segunda-feira (9) que o Equador é um país soberano que não aceitará pressões externas por suas relações com o Irã e por isso receberá o presidente Mahmoud Ahmadinejad durante seu giro pela região.
Publicado 10/01/2012 05:55
Em coletiva de imprensa na sede do Ministério das Relações Exteriores, Patiño afirmou que seu governo mantém vínculos com o Estado iraniano e com outros tantos em função de seus interesses, pelo que se nega a aceitar sugestões do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
Decidimos receber Ahmadineyad, asseverou o chefe da diplomacia equatoriana depois de recordar que o Irã não participa de guerras nos últimos 30 anos, nem ameaça com o uso de armas nucleares.
Patiño reiterou a posição de seu governo como signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares e disse que defende a total eliminação destas ao tempo que persiste em seus esforços para alcançar a paz através do diálogo e nunca pela força.
Disse que, diferentemente, outros países possuem esse arsenal, não são signatários do tratado antinuclear e fazem guerras pelo mundo, e inclusive o reconhecem publicamente e não são alvos de questionamentos.
O chanceler equatoriano observou como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se referiu recentemente ao encerramento do capítulo de uma "década de guerra" pelo Iraque, Afeganistão e Líbia.
O chanceler assinalou que, contudo, existem países com direito ao uso de armamento atômico e ao veto, que invadem outros países e assassinam inocentes, quando o mundo necessita de uma iniciativa a favor da erradicação destes artefatos.
É muito grave, disse, andar incendiando o Oriente Médio e se perguntou até quando a humanidade vai estar diante do perigo da terceira guerra mundial e situações de risco.
Patiño confirmou que em seu encontro bilateral entre o presidente Ahmadinejad e seu colega equatoriano Rafael Correa eles abordarão dois grandes temas: a situação no Oriente Médio e relações bilaterais.
Prensa Latina