Mesmo após agressão, Alckmin descarta mudança na USP
O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que não vai promover ações no campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP), mesmo após as imagens divulgadas na internet de um policial militar (PM) contra um universitário negro dentro do Diretório Central dos Estudantes (DCE) ocupado (desde 2009).
Publicado 10/01/2012 15:27
“Houve um erro, e (o policial) vai ser punido. A polícia tem uma corregedoria muito firme. Nós não toleramos nenhum tipo de abuso”, argumentou o governador ao ser questionado sobre o fato, ocorrido ontem (9). Alckimin participou da entrega da unidade de pesquisa clínica em oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).
No final da tarde da segunda-feira, a PM realizou coletiva de imprensa para anunciar que o policial André Luiz Ferreira foi afastado temporariamente da corporação enquanto durar uma sindicância para apurar o caso.
Para Alckmin, o abuso de poder foi um erro isolado e, por isso, não pretende promover ações específicas para evitar que casos assim se repitam. Quando questionado se há alguma garantia do governo do estado para que casos como esses não se repitam, Alckmin disse que "não há nenhuma hipótese de garantir que alguém não vá cometer um erro" e justificou afirmando que a polícia está preparada para agir em casos como esse. No entanto, não é a primeira vez que os alunos da USP reclamam de excessos por parte da polícia dentro do campus.
"O fato é que, depois que a polícia foi para o campus, despencou (o número) de roubo, furto… Não teve mais roubo de automóvel. Então, o resultado é extremamente positivo. A polícia está lá para levar segurança e proteger as pessoas que lá trabalham", alegou o governador tucano.
De acordo ele, todos os policias, mesmo os que estão alocados na chamada Cidade Universitária, na zona oeste da capital paulista, passam por um rigoroso treinamento antes de irem às ruas.
com agências