Argentina reafirma direitos de soberania sobre as Malvinas
O governo argentino reafirmou uma vez mais seus imprescritíveis direitos de soberania sobre as Ilhas Malvinas, quando transcorreu no dia 3 de janeiro o 179º aniversário da ocupação desse território por forças britânicas.
Publicado 03/01/2012 09:33
A ilegítima ocupação colonial, ocorrida em 1833, se vê agravada na atualidade pelo "provocativo e continuado desprezo ao direito internacional manifestado pela persistente relutância do Reino Unido a retomar as negociações" sobre o tema, denunciou a chancelaria argentina.
Em comunicado difundido a propósito da data, o Ministério das Relações Exteriores sublinhou que esta ilegitimidade se agrava pela presença da base militar estabelecida no Atlântico Sul, invocando falsas necessidades de defesa.
Ademais, pelo constante desenvolvimento de atividades ilícitas e unilaterais na zona disputada, que abarca não só as Malvinas, mas também as ilhas Georgias do Sul e Sandwich do Sul e os espaços marítimos circundantes.
Ao referir-se assim aos trabalhos de exploração e prospecção de petróleo e aos exercícios bélicos que o Reino Unido vem realizando na zona em litígio, o texto sublinha que as mesmas são contrárias às resoluções pertinentes da Assembleia Geral da ONU.
A América Latina, assinala mais adiante, foi unânime em rechaçar a presença militar britânica no Atlântico Sul e manifestou sua preocupação com as mencionadas atividades unilaterais.
O documento da chancelaria argentina menciona como exemplo os diversos pronunciamentos das cúpulas de presidentes dos Estados Partes do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e Estados associados, da União de Nações Sul-americanas (Unasul) e da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
Outras regiões se manifestaram do mesmo modo a favor da retomada das negociações, tais como a Cúpula de Países Sul-americanos e Países Árabes (Aspa), a Cúpula de Países Sul-americanos e Africanos (Asa) e o Grupo dos 77 mais a China.
Ao completar-se 179 anos do despojo – indica a nota – a Argentina expressa sua permanente e sincera disposição a retomar o processo negociador bilateral com o Reino Unido, tal como reclama a comunidade internacional.
A solução pacífica e definitiva para a disputa de soberania permitirá pôr fim "a uma anacrônica situação, incompatível com a evolução do atual mundo pós colonial", conclui o documento da chancelaria argentina.
Prensa Latina