Sem categoria

Com a greve de PMs e bombeiros, Exército patrulha Fortaleza

Pouco mais de três dias depois do início da greve dos Policiais Militares e bombeiros do Ceará, Fortaleza continua policiada pelo Exército e a Força Nacional de Segurança. Os números, apesar de não definidos, podem chegar a um efetivo de 5 mil.

A greve, segundo o Comando da Polícia Militar, não chega a 20% do total de policiais no estado e que ainda há policiais militares nas ruas, fazendo as patrulhas. Já o presidente da Associação de Cabos e Soldados Militares do Ceará, Flávio Sabino, disse que cerca de quatro mil militares estão parados.

A 10ª Região Militar, responsável pelos estados do Ceará, Piauí e Maranhão, garantiu ao governador Cid Gomes que a ordem pública será mantida.

A Força Nacional de Segurança chegou a Fortaleza ainda no fim da tarde de sexta-feira (30), e já começou o patrulhamento, principalmente nas áreas de grande presença de turistas. Até sábado (31) à noite, eram 420 homens da FNS em Fortaleza.

Para dar apoio ao patrulhamento na cidade, o governador Cid Gomes disponibilizou carros de outras secretarias, como da Saúde, do Meio Ambiente e da Fazenda. Isso porque parte das viaturas da polícia teve os pneus rasgados e algumas ainda permanecem paradas em ruas no entorno da 6ª Companhia do 5º BPM, no bairro Antônio Bezerra, unidade que ainda continua ocupada com alguns militares grevistas, encapuzados para não serem identificados.

Segundo o governo federal, o apoio à segurança na capital cearense não se limita apenas ao Exército. A Marinha e a Aeronáutica poderão ser acionadas caso haja necessidade.

Greve

A greve foi anunciada durante assembleia da categoria, com dois mil policias da ativa, no ginásio poliesportivo do bairro da Parangaba, e durante a madrugada os PMs e bombeiros se reuniram na 6º Companhia do 5º Batalhão de Polícia Militar, no bairro Antônio Bezerra, em Fortaleza.

Durante o movimento, as viaturas usadas pela polícia tiveram os pneus furados para evitar que saíssem para atendimentos. Os policiais pedem anistia para os PMs que estão nas manifestações, além de reajuste salarial e aumento no número de efetivos.

Na noite de sexta (30), um encontro entre o governo do estado e os militares terminou sem resultado. O governo informou que analisa a pauta de reivindicações do movimento, que inclui diminuição da jornada de trabalho, reajuste salarial e mudança no sistema de promoções.

Segundo Sabino, cerca de de 800 pessoas estão reunidas em um quartel da PM. Temendo invasão para desocupar o local, eles chamaram suas mulheres e filhos para formar um "escudo humano", de acordo com ele.

"Não vamos ceder. Se alguém for nos retirar vai haver derramamento de sangue. Só vamos sair depois da negociação ou mortos", afirmou.

Da Redação, com agências