Marcha de indígenas bolivianos exige construção de estrada
Uma marcha que exige a construção de uma estrada no Território Indígena e Parque Nacional Isiboro-Sécure (Tipnis) está prevista para chegar hoje (30) à cidade de Cochabamba, na Bolívia, onde devem permanecer para a pasagem do final de ano.
Publicado 30/12/2011 12:02
Centenas de pessoas integram a caravana. Outro grupo de manifestantes deve se integrar à marcha e Cochabamba. Eles receberão ajuda médica e humanitária. Diego Vidal, representante dos manifestantes, contou que cerca de 30 grávidas e pessoas afetadas pelo mal da altura se recuperaram e retornaram ao grupo, ontem.
Houve uma parada estratégica em Sacava, onde os aproximadamente mil integrantes permaneceram no estádio do município de Sacava para repor as forças e aguardar por outros que apresentaram problemas de saúde e ficaram no caminho.
Assim que chegarem a Cochabamba, se concentrarão na praça 14 de Setembro, onde farão um ato público para exigir a anulação da Lei Curta 180 – que estabelece a intangibilidade do Tipnis- e dar continuidade a estrada que deve unir a Villa Tunari com San Ignacio de Moxos.
"Agora, tudo parece indicar que aguardaremos a chegada do ano novo em Cochabamba para esperarmos uns 100 colegas", afirmou um dos indígenas que integra o grupo.
Enquanto isso, organizações sociais de Cochabamba mobilizam-se para abastecê-los de alimentos, remédios, roupa e calçado, ainda que mais de um dos líderes da marcha pede a atenção do Defensor do Povo, Rolando Villena.
Se ele não se preocupar pelo bem-estar e pelos direitos dos membros da marcha, exigiremos sua renúncia, advertiu o dirigente indígena Manuel Mamani.
A Defensoria do Povo foi criada em 1996 e é encarregada de cuidar da e o cumprimento dos direitos e garantias com relação à atividade administrativa de todo o setor público na Bolívia, assim como pela defesa e promoção dos direitos humanos.
Uma de suas atribuições é conhecer casos relacionados com a administração de Justição, o que constitui delito, zelar pela pluriculturalidade e pelos direitos humanos dos povos indígenas bem como pelos direitos das mulheres, e pessoas mantidas em cárcere privado daquele país.
Com informações da Prensa Latina e EA Bolívia