Síria liberta 755 prisioneiros e situação é de calma no país
O governo da Síria libertou nesta quarta-feira (28) 755 pessoas que haviam sido presas durante manifestações no país ocorridas nos últimos meses. Segundo o governo de Bashar al-Assad, os libertados são acusados de crimes leves, sem delitos de sangue. A informação foi divulgada pela TV pública síria.
Publicado 28/12/2011 11:42
A libertação ocorre em meio à visita de 50 observadores enviados pela Liga Árabe e faz parte de um acordo firmado com a organização para tentar por fim à violência no país, que já dura pelo menos nove meses.
Nesta terça, os observadores visitaram Homs, a segunda maior cidade da Síria e sede das maiores ações dos bandos armados contra as forças de segurança e a população civil do país.
Os observadores teriam "encontrado corpos" e visto marcas de tiros em casas, além de terem conversado com familiares de vítimas para falar sobre as condições em que essas pessoas foram mortas, segundo agências ocidentais de notícias.
Ao mesmo tempo, o chefe da missão internacional, o sudanês Mohamed al-Dabi, disse à rede de TV Al-Arabyia que a situação em Homs é de aparente calma. "Havia alguns lugares onde a situação não era boa", disse Al-Dabi. "Mas não havia nenhuma ameaça, pelo menos enquanto nós estávamos lá. As coisas estavam calmas e não houve confrontos”
Nenhum represente da Liga Árabe chegou a dizer se os atos de violência são responsabilidade do governo ou de bandos armados que se passam por "oposição". Segundo Mohamed al-Dabi, é preciso mais tempo para as investigações.
A missão permanecerá em Homs durante esta quarta-feira e deve elaborar um relatório detalhado que será enviado ao secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Araby.
O Conselho Nacional Sírio (CNS), órgão criado em Paris por dissidentes do regime e financiado pelas potências imperialistas em moldes semelhantes ao famigerado CNT líbio, fez críticas ao governo sírio por colocar representantes seus junto aos observadores da Liga Árabe, mas não há qualquer denúncia de interferência no trabalho deles por parte da organização árabe.
Com agências